Apoio da família, tratamento e muito trabalho. Esses são os três pilares que estão ajudando Alex Gallete a se recuperar de uma depressão, diagnosticada assim que ele saiu de A Fazenda 14.
Após voltar para sua cidade natal, Aracaju, para estar perto da mãe durante o acompanhamento médico, o ex-peão bateu um papo exclusivo com a Coluna Fábia Oliveira, revelou como está fazendo para se recuperar e ainda desabafou sobre o problema de saúde mental, que atinge cerca de 15,5% da população brasileira, de acordo com um estudo epidemiológico do Ministério da Saúde.
“Comecei a identificar os primeiros sinais logo depois que eu sair do programa, mas não queria perder as oportunidades pós-reality e achei que sozinho eu conseguiria enfrentar isso”, contou ele.
Ainda durante a entrevista, Alex Gallete revelou o que acredita ter desencadeado a depressão: “Minha vida sempre foi muito sozinho em São Paulo, longe da minha mãe e muitas coisas ajudaram a desencadear. Tinha dias que eu nem conseguiu cumprir com meus trabalhos. Precisei pausar muitas coisas pra cuidar de mim e fazer o tratamento. A vida do artista é muito concorrida e sinto que tem sempre alguém querendo puxar o tapete. E chegou um momento que precisei dessa ajuda dos profissionais”, recordou, antes de desabafar:
“Depressão não é frescura e tem cura. Fui criticado por acharem que tenho tudo e estava com frescura, mas era muita angústia, oscilações de humor durante o dia, medo de ficar sozinho, de ir aos trabalhos. Lugares cheios me davam pânico e ansiedade”, detalhou.
Em seguida, o ex-participante do reality rural da Record contou como está se cuidando: “Comecei a fazer terapia depois do programa e a terapeuta me indicou o neurologista. Estou com acompanhamento médico aqui em Aracaju com o Neuro Leandro Teles, indicado por Luiz Bacci. Estou tomando medição pra equilibrar o humor e as oscilações, Além disso, uso calmantes para o pico de ansiedade, que estava muito agressivo”, disse.
Mas não foi só o remédio que o ajudou na recuperação: “Mainha é minha vida e estar com ela esse momento desafiador, é essencial para os próximos passos. As oportunidades que estou tendo aqui na minha cidade também ajudam muito”, afirmou ele, que está cobrindo a maior prévia carnavalesca do país, o Pré-Caju, que termina neste domingo (10/11).
Alex Gallete ainda revelou detalhes do convite para fazer a cobertura do evento ao lado de Jaquelline Cruz e Erick Ricarte: “Recebi o convite da TV Atalaia (Record Nordeste) pra me juntar à cobertura e entrevistar os artistas que passam com o trio no espaço da emissora. O trabalho sempre foi uma das minhas prioridades, além da minha família, e receber essa oportunidade da TV local tem me dado um local de conforto e força pra continuar. Poder ser reconhecido pela meu Sergipe é incrível”, definiu.
No fim da conversa, o ator adiantou que está negociando para ser garoto-propaganda do banco do estado: “Isso não tem preço e cura qualquer doença”, declarou.
Vítima de intolerância religiosa
No fim do ano passado, Alex Gallete se pronunciou após ser vítima de intolerância religiosa nas redes sociais. O ex-Fazenda recebeu uma enxurrada de ataques depois que publicou uma foto com vestimentas brancas, próprias de sua religião. “Já acionei o meu jurídico”, disse a esta jornalista com exclusividade, se referindo ao preconceito que sofreu.
O artista mostrou alguns dos comentários que recebeu no Instagram. “Virou moda posta foto na macumba”, falou uma pessoa. “Sangue de Jesus tem poder”, proferiu outra. “Tá repreendido”, ressaltou uma terceira e “Está na hora de você aceitar Jesus”, indicou uma quarta.
“Eu já sabia que iria sofrer intolerância religiosa nas redes sociais. Mas estou assustado com vários comentários, directs e até ameaças que estou recebendo. Triste”, contou.
Gallete ainda revelou que está há mais de seis anos frequentando uma casa de candomblé e, na conversa exclusiva com esta jornalista, garantiu que pretende buscar justiça: “Já acionei o meu jurídico para analisar essa situação e tomar as medidas legais em relação a esse assunto”.
Vale lembrar que a Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei n.º 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões.