São Paulo — Candidatos à Prefeitura de São Paulo avaliaram como um “fiasco” a viagem internacional do adversário Pablo Marçal (PRTB). O influenciador que prometia “internacionalizar a campanha” e “falar com alguns presidentes”, retornou ao Brasil neste sábado (7/9) para participar do ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, mas chegou após o fim do evento e foi impedido de subir no trio elétrico.
A viagem de Marçal se resumiu a uma estadia de menos de três dias em El Salvador, onde visitou um presídio e publicou vídeos em frente ao Palácio do Governo (foto em destaque). Ele não conseguiu se reunir com o presidente do país, Nayib Bukele, ícone da direita mundial.
Segundo integrantes da campanha do candidato, ele também pretendia encontros com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o presidente da Argentina, Javier Milei.
Antes de viagem, aliados do candidato do MDB, Ricardo Nunes, temiam que, se Marçal se publicasse uma foto ao lado de Donald Trump por exemplo, poderia se consolidar como uma unanimidade entre o eleitorado de direita na capital. O retorno antecipado do influenciador sentido como um alívio.
Nunes, assim como a candidata do Novo, Marina Helena, esteve no trio elétrico por cerca de 30 minutos e assistiu de perto a alguns dos discursos. O prefeito foi embora antes de Jair Bolsonaro assumir o microfone.
Na semana passada, após atrito com Pablo Marçal nas redes sociais, Jair Bolsonaro disse que todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo estavam convidados pra subir no trio elétrico, mas não poderiam discursar.
“Internacionalizar campanha”
Durante as duas últimas semanas, Marçal tem dito que pretende “internacionalizar sua campanha”, com uma série de encontros com autoridades. Em agenda na semana passada, o candidato disse que iria “falar com alguns presidentes”.
“Vou internacionalizar a campanha. Vou visitar algumas nações, falar com alguns presidentes”, disse Pablo Marçal.
Enquanto isso, ele vinha fazendo suspense sobre sua participação nos atos de 7 de Setembro, afirmando que iria mostrar algo que “ninguém nunca viu”.
Barrado em trio
Após ser impedido de subir no trio elétrico de Jair Bolsonaro, Marçal abraçou manifestantes e gravou vídeos para as redes sociais.
“Vocês acreditam que eu tentei subir no caminhão e não deixaram? Então obrigado aí pelo carinho. Não sei quem mandou fechar o caminhão”, disse Marçal.
“Voltei para o Brasil e fui direto para o ato patriótico na Avenida Paulista, para o qual fui convidado pelo próprio presidente Bolsonaro. Fui surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão. Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo. Não vai ter segundo turno”, disse.