Por que Elon Musk quer substituir pilotos militares por drones? Entenda

Bilionário dono da rede X (antigo Twitter) defende o uso de drones controlados por IA no lugar de aeronaves de guerra pilotadas por humanos; entenda a polêmica Elon Musk, CEO da Tesla, gerou polêmica no X (antigo Twitter) ao defender a substituição dos caças de combate pilotados por militares por drones controlados por inteligência artificial (IA). O pronunciamento aconteceu nas últimas semanas após o relatório do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, apontar problemas de fabricação e performance do F-35, um dos caças mais recentes dos Estados Unidos. Musk aproveitou o contexto para criticar o avião militar e defender a mudança por drones autônomos, que, para ele, são mais baratos e eficientes.
A utilização absoluta da tecnologia em substituição a pilotos humanos, porém, vai de encontro a questões éticas. Isso porque os drones controlados por IA não têm a capacidade humana de tomada de decisões e, por isso, podem agir em momentos inoportunos, colocando a vida de inocentes em risco. A seguir, entenda mais sobre os drones, caças, usos e consequências a respeito dessas armas bélicas e saiba por que Elon Musk defende a substituição de pilotos por IA.
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Por que Elon Musk defende drones militares? Entenda o caso
Reprodução/Frederic Legrand/Shutterstock
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Como tudo começou: pronunciamento de Elon Musk e os caças usados pelos EUA
O bilionário sul-africano Elon Musk, dono das empresas Space X, Tesla e X (antigo Twitter), emitiu um comentário na web que causou polêmica e abriu margem para muitas discussões ético-militares. Nas redes sociais, Musk criticou o F-35, um dos aviões de combate usados pelos EUA em conflitos bélicos, e disse que “os caças tripulados estão obsoletos na era dos drones”.
Na verdade, o uso de drones com ou sem o auxílio de IA para uso militar já é realidade em alguns países. O governo da Ucrânia, por exemplo, já conta com 4.000 veículos aéreos não tripulados em sua frota. A defesa de Elon Musk à tecnologia está centrada na eficiência do equipamento em relação ao seu baixo preço. Os caças dos EUA, por outro lado, apresentam custos de fabricação e manutenção que chegam na casa dos trilhões de dólares. Entretanto, em sua fala, Musk não aborda possíveis falhas na tecnologia, que poderiam colocar pessoas inocentes em risco.
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De acordo com dados do Government Accountability Office (GAO), o valor de manutenção da frota do caça F-35, por exemplo, deve chegar a US$ 1,58 trilhão no ano de 2033. Entretanto, mesmo com os preços bem elevados, o avião apresentou uma série de problemas técnicos na parte do motor, combustível e outras peças, conforme o relatório divulgado pelo Pentágono. Isso fez com que o Congresso estadunidense agisse para tentar limitar a compra dos caças.
Nesse contexto, Musk reforça sua defesa aos drones de IA e, de certa forma, retoma uma discussão de 2017, na qual ele afirmava que “a inteligência artificial provocaria uma Terceira Guerra Mundial”. Outra questão que pode explicar o endosso do empresário aos drones controlados por IA é o investimento massivo em inteligência artificial feito pelo Elon Musk em suas diferentes empresas. Um dos exemplos é Optimus, um robô humanoide da Tesla que realiza tarefas de forma independente. Outro investimento no ramo que Musk fez foi a liberação recente do Grok, inteligência artificial alocada dentro do X que reproduz imagens hiper-realistas a partir dos comandos dos usuários.
Elon Musk saiu em defesa aos drones de ataque controlados por IA
Reprodução/Apu Gomes/Getty Images
Viabilidade do enxame de drones e as consequências do seu uso
Como já dito, os drones de extermínio têm um custo de fabricação e manutenção bem menor, justamente por serem um equipamento pequeno e autônomo, que independe de pilotos. Ademais, por não precisar, em tese, do controle humano, ele consegue estar no ar fazendo a vigilância por bastante tempo, além de realizar manobras que um caça não conseguiria.
Entretanto, por ser um equipamento autossuficiente sem o controle humano, ele está sujeito a falhas e interpretações de ataques errados, que podem atingir civis e tirar a vida de muitas pessoas. Em entrevista ao jornalista Jesus Diaz, repórter da Fast Company, Neil Davison, político do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, refletiu sobre esta problemática e esboçou sua preocupação no assunto: “é a própria arma que desencadeia um ataque contra um objeto ou uma pessoa. E esse é o principal problema humanitário”, afirmou Neil. Ele ainda defendeu a extinção desses sistemas bélicos autônomos que atuam sem a gerência e controle humano.
EUA e a China estão na vanguarda da pesquisa e produção desses drones controlados por IA. Porém, tanto a Ucrânia quanto a Rússia são alguns dos países que já os utilizam em seus conflitos bélicos. O país ucraniano, por exemplo, tem 4.000 drones HX-2 com capacidade de operar e tomar decisões sozinho. Entretanto, por ter um controle autônomo e independente, esses equipamentos também ficam sujeitos a ataques e invasões do adversário. A própria Ucrânia, por exemplo, já conseguiu alterar a localização de GPS dos drones da Rússia e realizou um contra-ataque ao país russo durante a guerra atual.
Drone de ataque HX-2
Reprodução/Helsing
Futuro dos drones controlados por IA
Por mais que os drones de ataque controlados por IA já sejam usados por alguns países, há algumas limitações operacionais em relação ao design, além das questões éticas e legais já citadas anteriormente. O diretor do Programa de Governança de Inteligência Artificial do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), Vincent Boulanin, em entrevista ao site Fast Company, rejeita a autonomia dos drones e defende o uso de forma mista.
“Esse tipo de abordagem de plataforma mista é fundamental, especialmente em situações em que o julgamento humano é insubstituível, como interpretar situações complexas ou se comunicar com forças aliadas”, diz Vincent Boulanin.
Além disso, para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, a autonomia completa desses drones pode não ser útil para o país estadunidense, já que essa autogestão irrestrita só se aplicaria em casos muito específicos de guerra. Do contrário, a gerência humana ainda se mostra a melhor solução para evitar desastres bélicos.
Com informações de Fast Company, X
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