Em conversa com a Corporate Adviser, o Cartwright disse ter ajudado um fundo de pensão britânico, cujo nome não foi revelado, a comprar Bitcoin. Esse é o primeiro caso no país e abre oportunidades para novos.
Segundo a matéria, a empresa que trabalha como conselheira recomenda que fundos tenham uma exposição de 2 a 3% à maior criptomoeda do mercado. Outras fontes citam que o fundo administra cerca de £ 50 milhões (R$ 374 milhões).
“A lógica é que se trata de uma oportunidade de investimento assimétrica. Se você investir 2%, o máximo que pode perder é 2% — caso vá a zero”, comentou Gleen Cameron, head de ativos digitais da Cartwright. “Mas o potencial de valorização é significativo.”
“Se você observar as correlações do bitcoin com 14 outras classes de ativos, a correlação de 60 dias gira em torno de zero. Os investidores precisam de certos horizontes de investimento, e isso precisa se encaixar dentro do seu apetite de risco.”
Nas redes sociais, membros da comunidade notaram que essa exposição é 30 vezes maior que a do estado americano de Wisconsin, que comprou R$ 834 milhões em Bitcoin através de seu fundo pensionista.
Fundo de pensão britânico compra Bitcoin
Muitas gestoras tratam o Bitcoin como um ativo único, sem concorrentes e sendo difícil de prever sua reação. Além de ótimos desempenhos em tempos de fartura, a criptomoeda também tem se apresentado como uma boa proteção contra conflitos geopolíticos.
Sam Roberts, diretor de consultoria de investimentos da Cartwright, é mais um que acredita nessa tese.
“Os administradores estão cada vez mais em busca de soluções inovadoras para preparar seus fundos para os desafios econômicos futuros. Essa alocação em bitcoin é uma medida estratégica que, além de oferecer diversificação, também explora uma classe de ativos com um perfil de risco-retorno assimétrico único.”
Embora o Bitcoin tenha ficado famoso por suas quedas de 80% no passado, o ativo tem se mostrado mais maduro desde a aprovação dos ETFs nos EUA e, além disso, continua oferecendo retornos espetaculares. Por exemplo, um relatório aponta que o BTC é o melhor ativo de 2024 até então.
Ao que tudo indica, o Cartwright continuará oferecendo essa estratégia para mais fundos.
“A solução criada também possui um limite mínimo de investimento baixo, o que significa que essa opção está disponível para fundos de pensão de todos os tamanhos, ao contrário de muitas ideias de investimento históricas quando foram disponibilizadas pela primeira vez”, comentou Roberts.
Por fim, David Bailey, CEO da Bitcoin Magazine, apontou que grandes governos deverão começar a comprar bilhões em Bitcoin em breve, seja por fundos soberanos ou até mesmo por seus próprios bancos centrais. Dado isso, o Reino Unido tem a chance de sair na frente nessa corrida.
Fonte: Primeiro fundo de pensão britânico investe em Bitcoin
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