Durante discurso no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta-feira (24/7), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de está por trás de todos os “inimigos” de Israel no Oriente Médio.
“Quando Israel luta com o Hamas, estamos lutando contra o Irã. Quando lutamos contra o Hezbollah, estamos lutando contra o Irã. Quando lutamos contra os Houthis, estamos lutando contra o Irã. E, quando nós lutamos contra o Irã, estamos lutando contra o terrorismo radical”, declarou Netanyahu durante longo discurso no Parlamento dos EUA.
De acordo Netanyahu, Israel não luta a guerra na Faixa de Gaza e enfrenta hostilidades no Oriente Médio apenas por seu próprio território, e que a América pode ser o próximo alvo iraniano.
“Nós não estamos protegendo apenas Israel, nós estamos protegendo os Estados Unidos”, declarou. “Nossos inimigos são os seus inimigos. Nossa luta é a luta de vocês. Nossa vitória é a sua vitória”, completou.
Durante o discurso, que durou quase uma hora, Netanyahu pediu união e apoio dos EUA contra o governo iraniano.
“Para que as forças da civilização triunfem, a América e Israel devem permanecer unidos contra o eixo do terror liderado pelo Irã”, disse Netanyahu.
Sob protestos de manifestantes a favor da causa Palestina, o primeiro-ministro ainda acusou o Irã de financiar os atos no Capitólio durante sua estadia nos EUA.
Aiatolá responde
Ao mesmo tempo em que Netanyahu discursava no Congresso norte-americano, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, usou o X (antigo Twitter) para alfinetar o líder israelense.
“A força da resistência é cada vez mais evidente a cada dia”, escreveu o aiatolá Ali Khamenei. “Um enorme sistema em todas as dimensões militares, políticas e econômicas, como os Estados Unidos apoia os sionistas [Israel] na luta contra o Hamas. Mas eles não foram capazes de os pôr de joelhos”, disse.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, Israel tem acusado o regime islâmico de estar por trás não só do Hamas, como também de outros grupos na região como rebeldes no Iraque, Síria, além do Hezbollah e os Houthis.
O governo iraniano, no entanto, nunca admitiu oficialmente o financiamento de grupos rebeldes na região que entraram em conflito com forças israelenses após o início do conflito em Gaza.
