Polícia Civil de Pernambuco passa o dia em santuário e analisa peças de sustentação da estrutura metálica. Polícia faz perícia nos escombros do santuário no Recife
Peritos criminais da polícia científica passaram hoje mais de um hora dentro da igreja. Eles tiraram as fotos abaixo. Nelas, é possível ver peças que são da base de sustentação da estrutura metálica das placas solares do teto, sem os parafusos.
Fotos tiradas pela Polícia Científica de Pernambuco
Jornal Nacional | g1
Os peritos também analisam parafusos quebrados ao meio, encontrados entre os destroços, por agentes da Defesa Civil.
A obra que instalou as 130 placas de energia no teto ficou pronta há menos de uma semana. A polícia vai investigar se houve um colapso desta nova estrutura metálica que sustentava mais de três toneladas.
O esforço da defesa civil agora é para avaliar o que restou do santuário e decidir a melhor forma de retirar os destroços.
“A gente decidiu entrar com máquina. As máquinas vão entrar, fazer os cortes em pedaços, também para evitar mais danos ainda na parte estrutural pra toda a igreja”, explicou Cássio Sinomar, secretário executivo da Defesa Civil do Recife.
A remoção pode levar até trinta dias e só depois deve ser feita uma nova perícia, mais completa. Alguns fiéis vieram ao santuário e, do lado de fora, rezaram pelas vítimas, pelas famílias e pela igreja, uma das mais populares do Recife. Aos domingos, costumava receber mais de três mil pessoas.
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Dona Zilda presenciou o momento em que o teto desabou. Ela era uma das 70 pessoas que aguardavam por cestas básicas. “Não deu tempo a gente correr, foi caindo tudo de uma vez”, disse.
Vinte e cinco pessoas ficaram feridas e duas morreram. Os corpos de Maria da Conceição e de Antônio José dos Santos foram enterrados na tarde hoje.
“Todos os dias ela estava lá ajudando na igreja, era limpando, fazendo alguma coisa”, afirmou Marcos Vinicius Souza, filho de Maria da Conceição.
“13h10 eu falei com ele, ele me deu a chave da casa e disse: ‘olhe a casa aí que eu vou pegar a feira pra gente’. Aí quando deu 13h20 eu soube a notícia”, contou Leandro Santos, filho de Antônio.
Hoje, na unidade de saúde que fica em frente à igreja, começou um trabalho para iniciar um atendimento psicológico para as pessoas que estavam dentro da igreja no momento em que o teto desabou e para os parentes das vítimas.
“Não dormi e tô toda dolorida”, disse Ana Isabel Lino. “Aqui a senhora recebeu atendimento?”, perguntou o repórter do Jornal Nacional. “Recebi, recebi… psicológico. E eu vou ficar continuando a receber, que tá difícil, tá difícil, não tô bem…”, finalizou a diarista.
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