Operação ‘Triunvirato’ cumpriu um mandado de prisão contra um delegado da Polícia Civil, além de 11 mandados de busca em apreensões em três municípios do Amazonas Investigação aponta que o esquema criminoso tinha a finalidade de apreender bens apreendidos
Divulgação/PF
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (21), a ‘Operação Triunvirato’ e desarticulou um esquema criminoso que comercializava bens aprendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Humaitá, interior do Amazonas. A investigação apurou que a associação criminosa contava com a participação do delegado da Polícia Civil do município, Mário Melo, do secretário de infraestrutura, Edvaldo Meireles, e de um advogado.
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Ao todo forma cumpridos um mandado de prisão em desfavor do delegado e 11 mandados de busca e apreensão em Humaitá, Itacoatiara e Manaus. Além disso, foram bloqueados R$ 10 milhões que supostamente foram movimentados durante a ação criminosa. De acordo com a PF, o secretário e o advogado serão indiciados.
Segundo a investigação, os envolvidos utilizavam-se de suas posições de confiança para desviar e comercializar bens apreendidos pela PRF que eram encaminhados à Delegacia da Polícia Civil em Humaitá.
De acordo com a PF, os proprietários dos carregamentos apreendidos eram levados pelo advogado alvo da operação até a delegacia, onde era feito o pagamento de propina ao delegado para a liberação da carga.
Para garantir o sucesso da empreitada criminosa, além de ludibriar o Ministério Público e o Poder Judiciário, os envolvidos simulavam a destinação das apreensões à Secretaria Municipal de Obras em Humaitá, em conluio com o secretário da pasta.
O trabalho investigativo apontou, ainda, a venda ilegal de aproximadamente três toneladas de cassiterita, minério responsável para produção de estanho, os quais também estavam sob custódia da Polícia Civil.
Entre os métodos fraudulentos, destacava-se a utilização de empresas de fachada para ocultar a origem dos valores ilícitos. O esquema gerou prejuízos significativos ao patrimônio público e ao meio ambiente.
Todo o dinheiro movimentado no esquema criminoso era dividido entre os três suspeitos, que devem responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para saber o posicionamento dos órgãos diante dos fatos envolvendo o delegado e o advogado alvos da operação, mas até o momento não houve resposta.
A reportagem tenta localizar a defesa dos envolvidos.
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