Clientes da SkyBridge Capital, fundada por Anthony Scaramucci, estão tendo problemas para reaver seus investimentos feitos em um fundo de criptomoedas da empresa.
Segundo informações da Bloomberg, 70% deles pediram seu dinheiro de volta no último período de resgate, em março, mas apenas 7% de seus pedidos foram atendidos.
Ex-diretor de comunicações da Casa, Scaramucci continua agindo como se tudo estivesse normal. Na semana passada, por exemplo, o executivo estava participando de um programa na CNBC, afirmando que o Bitcoin chegará a US$ 100.000 até o final do ano.
SkyBridge, de Anthony Scaramucci, estaria com problemas há anos
Ainda que o Bitcoin tenha apresentado retornos de 150% entre março de 2023 e 2024, o fundo de criptomoedas da SkyBridge teve ganhos bem menores, de 46,4% no mesmo período. Os relatos apontam que os problemas com saques são antigos, começando no final de 2022.
Segundo o portal Protos, o problema da SkyBridge é o seu envolvimento com a falida corretora FTX. Na data, Scaramucci teria investido na FTT, criptomoeda ligada a FTX, que perdeu 98,5% de seu valor em relação ao seu topo registrado em 2021.
FTT, criptomoeda ligada a FTX, perdeu 98,5% de seu valor após falência da corretora. Fonte: CoinMarketCap.
Em contra-partida, a FTX Ventures teria investido na SkyBridge, além de ter patrocinado uma conferência de Scaramucci. A relação entre as duas partes era tão forte que Joseph Bankman, pai de Sam Bankman-Fried, teria telefonado para Scaramucci alertando sobre o colapso da FTX.
Diversas gigantes da indústria foram afetados por essa quebra. Ao que tudo indica, a SkyBridge pode ser uma das peças que ficaram em pé por todo esse tempo nesse efeito dominó, mas já começa a balançar.
Quantia em disputa seria de R$ 6,1 bilhões
Fontes da Bloomberg apontam que o dinheiro preso na SkyBridge Capital está ligado a clientes de patrimônio privado do banco Morgan Stanley. As tentativas de saques já ultrapassaram a marca de um ano e quantia em disputa chega a US$ 1,12 bilhão (R$ 6,1 bi).
A crise na empresa seria ainda mais antiga. Isso porque ela atingiu um pico de US$ 9 bilhões em ativos sob gestão em 2015, mas hoje conta com apenas US$ 2 bilhões, sendo 57% desse valor em criptomoedas.
Por fim, Anthony Scaramucci não emitiu comentários sobre os problemas dos saques ao ser contactado pela Bloomberg. De qualquer forma, o jornal notou que o executivo já havia declarado em outra ocasião que a SkyBridge estaria “operando dentro dos limites do prospecto”.
Fonte: Investidores de fundo de criptomoedas relatam problemas com saques
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