O ator Emiliano Queiroz, que morreu na manhã desta sexta-feira (4/10), deixou um legado no ambito da atuação por conta do seus trabalhos na televisão e no teatro. Começando a carreira aos 14 anos, o artista já participou de mais de 60 peças e cerca de 70 novelas, minisséries e especiais na TV.
A potência artística dele é tanta que o artista recebeu o Kikito de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado por uma participação de três minutos no filme Stelinha de Miguel Faria Jr.
Mas, alguns papéis do ator marcaram tanto a trajetória artística dele quanto o Brasil. Como o personagem Dirceu Borboleta de O Bem-Amado, que entrou para a história com uma interpretação icônica, marcada pelo jeito nervoso de mexer as mãos e uma gagueira compulsiva.
Também teve o vilão nazista Hans Stauben em O Sheik de Agadir, trabalho que fez Emiliano ser agredido na rua, em 1966. “O povo me odiava. Eu havia assassinado o personagem do Cláudio Marzo no capítulo da noite anterior, e a coisa já começava a ficar braba na rua. Os caras passavam de táxi ou de ônibus e gritavam: ‘Assassino!’. Na manhã seguinte, uma mulher deu com a sombrinha na minha cabeça”, contou o artista, em entrevista à TV Globo.
Outro marco na carreira de Emiliano foi o personagem Juca Cipó da primeira versão de Irmãos Coragem. Aliás, o Juca Cipó foi vivido por Murilo Benicio no remake de 1995.
“Eu vinha fazendo uma série de vilões, e o Juca era mais um vilão, então resolvi torcer o personagem. Ela me deu força e o tornei muito engraçado, apesar de ele ser mau. E o personagem ganhou muita popularidade com as crianças”, afirmou o artista a emissora. O trabalho mais recente dele na televisão foi uma participação na novela Além da Ilusão.