As fotos feitas por uma testemunha revelam que a caixa de transporte do cão estava aparentemente solta, sem fita ou cinto de segurança. O Jornal Nacional teve acesso ao depoimento de uma testemunha na investigação da morte do cachorro Joca em um voo para Fortaleza. Ela afirma que a caixa em que ele foi colocado estava solta no porão de bagagens.
“Foi um choque para mim muito grande. Cada dia é uma surpresa, e parece que isso não vai acabar nunca”, fala João Fantazzini, tutor do cachorro Joca.
Mais um momento de dor depois de um mês e meio de saudade do cachorro Joca. No caso que comoveu tanta gente, o cão que deveria seguir no mesmo voo que o João para Sinop, em Mato Grosso, acabou sendo despachado por engano para Fortaleza.
Ao perceber o erro, a companhia aérea Gol, mandou o cachorro de volta para São Paulo no mesmo dia. Mas Joca não resistiu e foi entregue já morto para o João.
Agora, o depoimento de um funcionário que trabalha no aeroporto de Fortaleza ao delegado que investiga o caso no Ceará traz informações importantes sobre o transporte do animal. O rapaz, que é de uma empresa terceirizada, percebeu que havia algo errado assim que abriu o bagageiro do avião e registrou o que viu. As fotos tiradas por ele mostram que a caixa de transporte estava aparentemente solta, sem fita ou cinto de segurança.
Caso Joca: imagens mostram que caixa de transporte de cachorro morto durante voo estava solta
Jornal Nacional/ Reprodução
Em depoimento à polícia, o funcionário confirmou que teve contato direto com o Joca logo que a aeronave pousou em Fortaleza e quando o depoente abriu o porão da aeronave já visualizou o animal no interior da caixa de transporte e ele estava tranquilo, calmo, contudo a caixa de transporte não estava presa no setor de cargas da aeronave. Para se resguardar, o funcionário contou que fez registro fotográfico desse fato e apresentou ao delegado.
“As informações que obtive é um local adequado e ela tem que passar uma fita para proteger, para não se movimentar. Ele pode ter ficado estressado, porque lá ele chegou vivo. Três horas e meia de viagem. Nós não sabemos se ele voltou amarrado. Nós vamos cobrar justiça”, afirma Marcello Primo Muccio, advogado do tutor de Joca.
“Saber agora que ele foi solto… Eu não estou conseguindo nem alinhar os meus pensamentos. Só em relação ao quanto o Joca sofreu ali”, diz João Fantazzini.
A Polícia Civil de São Paulo disse que “vai coletar novos depoimentos de funcionários do aeroporto e que os laudos periciais estão em elaboração e serão analisados pela autoridade policial”.
Questionada sobre o fato de a caixa ter viajado solta, a Gol informou, somente, que “tem total interesse em esclarecer o caso e segue à disposição das autoridades que o investigam”. A companhia informou, ainda, que mantém suspenso o transporte de cães e gatos no porão da aeronaves desde a morte de Joca.
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