Fenômeno é mais frequente neste período do ano, quando clima é quente e seco. Veja registros. Redemoinho em Ceilândia, no DF
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Os redemoinhos têm assustado e causado estragos no Distrito Federal. O fenômeno é mais frequente nesse período do ano, quando o clima está quente e seco, o que favorece as correntes de vento.
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Um grande redemoinho chamou a atenção de funcionários e alunos da Escola Classe 68, em Ceilândia, nesta quinta-feira (8). O registro foi feito durante a manhã, na hora do recreio (veja vídeo abaixo).
A imagem mostra o redemoinho alto, perto do muro do colégio.
“Misericórdia, esse aí tá grande”, diz uma das funcionárias.
“Tem um saci, no Maranhão falavam isso mesmo”, brinca outra mulher.
Redemoinho perto de escola assusta servidoras em Ceilândia, no DF
Na terça-feira (7), teve mais ventania. Câmeras de segurança registraram o vento levanto telhas de uma casa. Dentro de uma residência, o lustre chegou a balançar, também em Ceilândia (veja vídeo abaixo).
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Ventania derruba telhas de casas em Ceilândia, no DF
Juscelino KubitscheK e os redemoinhos
Há mais de 60 anos, durante a construção de Brasília, o ex-presidente Juscelino Kubitschek ficou impressionado com “as espirais de poeira”. No livro “Por que construí Brasília”, escrito por ele, JK descreve o fenômeno.
“Era comum, quando se estendia o olhar ao longo do planalto, ver-se uma impressionante sucessão de redemoinhos”, diz JK no livro.”
Por ser um fenômeno típico do centro-oeste, os redemoinhos são observados há muito tempo na região – e sempre provocam curiosidade. Quando Brasília ainda era um canteiro de obras, em 1956, Juscelino Kubitschek já falava da poeira e dos redemoinhos.
JK também descreveu o incômodo da poeira durante a seca: “E, sobre aquele mundo de andaimes, de armações metálicas, de florestas de guindastes, pontificava um elemento que, como erva daninha, desgastava os nervos, intoxicava os pulmões, provocava inflamações nos olhos. Era a poeira – uma poeira, como só existia em Brasília – vermelha e fina, de extraordinária capacidade de impregnação, e sempre presente em tudo que se tocava.”
Mais adiante, ele descreve os momentos em que a poeira se misturava ao vento.
“Eram espirais de poeira que, brotando dos canteiros de obra iam girando, torcicolando, dando voltas, inclinando-se – ora para a direita ora para a esquerda – mas subindo sempre até que, já bem alto, abriam-se em repuxos espetaculares, irizados pelo sol”, escreveu JK.
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