Goiânia – O desaparecimento do menino Pedro Lucas Santos completou seis meses nessa quarta-feira (1º/5). Ele foi visto pela última vez em 1º de novembro do ano passado, em Rio Verde, no sudoeste goiano e, até o momento, não houve solução para o caso.
De acordo com a Polícia Civil, a criança teria sido morta e o padrasto, solto no último mês de março, é o principal suspeito do caso.
No entanto, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) aponta que não é possível afirmar se o garoto está morto ou se foi sequestrado. De acordo com o promotor Paulo Brondei, há perguntas que ainda precisam ser respondidas antes que seja aberto um processo criminal contra qualquer suspeito.
Pedro Lucas e Padrasto (1)
Reprodução
Pedro Lucas
Marcas de sangue na casa do menino Pedro Lucas
Marcas de sangue na casa do menino Pedro Lucas
Pedro Lucas está desaparecido desde novembro
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Reprodução/TV Globo
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O padrasto do menino, José Domingos Silva Santos, chegou a ser preso no dia 8 de janeiro de 2024 suspeito de matar e ocultar o corpo de Pedro Lucas. Porém, ele foi solto no dia 8 de março, depois que o Ministério Público pediu a revogação da prisão temporária dele. Para a promotoria, não havia provas que ligassem o padrasto ao desaparecimento do garoto.
Em nota, a defesa de José Domingos informou que aguarda a conclusão das investigações e que tem esperança de que o garoto seja encontrado com vida.
Principal suspeito
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o padrasto continua sendo o principal suspeito do crime. Segundo ele, José Domingo teve tempo para esconder o corpo do menino. O investigador também aponta demora para o registro do desaparecimento da criança como um indício.
A família de Pedro Lucas só comunicou o sumiço do menino à Polícia depois que o Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima.
Segundo Candeo, existem inconsistências nos depoimentos da mãe, do padrasto e do irmão de Pedro Lucas que sugerem algo no caso que ainda não foi relatado. José Domingos e Elisângela Pereira dos Santos teriam mudado a versão de como souberam do desaparecimento e até mesmo sobre as roupas que o garoto usava no dia.
Ainda de acordo com a corporação, uma menina de 9 anos, amiga de Pedro Lucas, disse em depoimento que o menino havia relatado que sofria agressões físicas e psicológicas do padrasto. Um colega de cela de José Domingos escreveu uma carta afirmando que, enquanto esteve preso, o suspeito confessou a outros detentos que matou o enteado.
Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023, mas a situação só foi reportada à polícia quatro dias depois. Uma série de buscas foram realizadas para tentar localizá-lo, mas devido à falta de informações e evidências, o caso passou a ser investigado como homicídio em dezembro.
A polícia chegou a encontrar sangue na casa da família da criança, mas, após análises foi constatado que o material encontrado na residência não era do menino.
O padrasto e outros familiares prestaram depoimento mais de uma vez na delegacia. A PCGO acredita que Pedro Lucas foi morto pelo padrasto de forma violenta.