Refeições calóricas tarde da noite podem alterar tolerância à glicose
O hábito de fazer refeições pesadas próximo do horário de dormir pode afetar significativamente os níveis de glicose no sangue, levando à menor tolerância à glicose, de acordo com um novo estudo.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade Oberta de Catalunya (UOC), na Espanha, e da Universidade de Columbia, nos EUA, e publicada recentemente na revista científica Nutrition & Diabetes.
Os cientistas destacam que, quando os níveis de glicose estão elevados e permanecem assim por longos períodos, a pessoa corre maior risco de desenvolver problemas de saúde a longo prazo. Entre eles, destacam-se a diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, devido aos danos nos vasos sanguíneos causados pelos alta quantidade de açúcar no sangue.
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Quem tem diabetes sabe que existem muitos alimentos que devem ser evitados, em especial os ricos em gorduras ruins, sal e, é claro, o açúcar. Por outro lado, também há uma lista de alimentos que devem ser inseridos no cardápio para ajudar a manter os níveis de açúcar no sangue controlados
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Um dos alimentos naturais que podem ajudar a controlar a diabetes é o salmão, que é rico em nutrientes essenciais, como a vitamina D, proteína e niacina. Sem mencionar o ômega-3, que pode ajudar a proteger a saúde do coração e a reduzir inflamações associadas à doença
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A laranja é outro alimento natural que pode ajudar no controle da diabetes, pois além de ajudar a reduzir os níveis de colesterol, ela possui fibras que auxiliam na compactação do tempo em que o açúcar da fruta é absolvido no organismo. Dessa forma, atua no controle da glicose no sangue. Além disso, tem baixo índice glicêmico
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A couve é rica em diversos nutrientes essenciais para quem tem diabetes. Isso porque além de apresentar vitamina A, C, B6 e K, ela tem ácido fólico, magnésio, cálcio, fibras, oxidantes e sequestrantes dos ácidos biliares, substâncias que diminuem o colesterol e limitam a absorção de gordura pelo organismo
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A aveia é um dos alimentos naturais que apresentam beta-glucana na composição, uma espécie de fibra saudável para o coração que retarda a digestão e, consequentemente, impede o descontrole de açúcar no sangue (hiperglicemia)
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Feijões são alimentos ricos em fibras e em proteínas com baixo índice glicêmico, que ajudam a impedir oscilações nos níveis de açúcar no sangue e também retardam o aumento dos níveis de glicose
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Segundo especialistas do Annals of Family Medicine, a canela é bastante benéfica para ajudar no controle do açúcar no sangue de pessoas com diabetes tipo 2. Isso porque ela é capaz de diminuir os níveis de hemoglobina glicada e melhorar a disponibilidade da insulina
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O consumo de pequenas porções (ao menos cinco vezes por dia) de sementes de linhaça é indicado para quem tem diabetes. Além de ser fonte de magnésio, que ajuda a controlar a liberação de insulina no organismo e controlar a glicemia, é rica em fibras e boas gorduras
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Excelente fonte de gorduras insaturadas, que diminui o colesterol ruim e aumenta o bom, pobre em carboidratos e rica em magnésio, proteína, ferro, zinco, fibra e vitamina B e E, as amêndoas ajudam a reduzir o risco de diabetes tipo 2 e também ajuda no controle da doença
Indicado para quem tem diabetes, doenças cardíacas e câncer, o chá-verde ajuda a regular a glicose no organismo e é rico em polifenóis e antioxidantes
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O vinagre de maçã é outro alimento natural que ajuda no controle da diabetes. Isso porque ajuda a retardar a absorção do açúcar e melhora significativamente a sensibilidade à insulina ou resistência a ela. O consumo diário ao equivalente a duas colheres de vinagre de maçã adicionada nas refeições é o indicado
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Para fazer o estudo, os pesquisadores avaliaram os níveis de glicose de 26 adultos com idades entre 50 e 70 anos. Os participantes eram pessoas com sobrepeso ou obesidade e diagnosticados com pré-diabetes ou diabetes tipo 2. Durante um dia, os voluntários consumiam a mesma quantidade de calorias, mas as refeições deveriam ser feitas em horários diferentes, para comparação.
Ao final do experimento, os exames mostraram que os “comedores tardios” (aqueles que consumiam 45% ou mais das calorias após as 17h) apresentavam menor tolerância à glicose em comparação aos “comedores precoces” (que comiam a maior parte das calorias totais do dia antes do anoitecer).
O peso corporal dos participantes foi considerado insignificante nos resultados. Os pesquisadores notaram também que as refeições dos “comedores tardios” eram normalmente mais calóricas e gordurosas. Uma possível explicação para a preferência por refeições mais pesadas é o espaço de tempo prolongado desde a refeição anterior, alterando a produção dos hormônios que regulam a fome e a saciedade.
Os autores do estudo explicam que a capacidade do corpo de metabolizar a glicose é mais limitada à noite. Isso ocorre porque a secreção de insulina é reduzida e a sensibilidade das nossas células a esse hormônio diminui devido ao ritmo circadiano.
“O ritmo circadiano é determinado por um relógio central em nosso cérebro que é coordenado com as horas de luz do dia e de noite”, explica a médica Diana Díaz Rizzolo, principal autora do estudo, em comunicado à imprensa.
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