Considerado um dos nomes mais polêmicos do governo de Benjamin Netanyahu, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, defendeu que palestinos deixem a Faixa de Gaza para que israelenses ocupem área. A declaração aconteceu nesta segunda-feira (21/10), durante um evento chamado “Preparando-se para Reassentar Gaza”.
De acordo com o ministro de ultra-direita, o território localizado no enclave da Palestina pertence a Israel.
“Se quisermos, podemos renovar os assentamentos [de israelenses] em Gaza”, declarou Ben-Gvir durante o evento, com transmissão compartilhada nas redes sociais do ministro.
Segundo o ministro, para isso seria necessário a “transferência voluntária” de todos os palestinos da Faixa de Gaza para outros países da região.
“Nós encorajaremos a transferência voluntária de todos os cidadãos de Gaza. Nós ofereceremos a eles a oportunidade de se mudarem para outros países porque essa terra pertence a nós”, declarou.
Apesar da tese defendida pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, o futuro de Gaza após a guerra ainda é incerto. Israelenses deixaram o enclave em 2005, após quase quatro décadas de ocupação, e sinalizaram que não pretendiam voltar com assentamentos na região.
Em contrapartida, a presença de assentamentos de Israel na Cisjordânia continuou a crescer, contrariando uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pediu o fim da presença israelense na região por violação contra a lei internacional.
Mesmo com a pressão internacional, uma das principais promessas da campanha de Netanyahu foi justamente a expansão da ocupação israelense no território palestino, vizinho a Gaza.