Recentemente, tem se tornado mais comum o chamado “estresse térmico”, aqueles momentos de altas temperaturas frequentes e intensas. E, para piorar, esses dias de calor ainda intercalam com outros muito frios. Com isso, surge um grande desconforto físico e emocional.
A psicóloga Tatiane Mosso, que atende em São Paulo, explica que toda essa situação pode trazer sensação de exaustão, irritabilidade e ansiedade. Um dos motivos é o fato de os indivíduos associarem o aquecimento global à destruição iminente do planeta.
Segundo Tatiane, a percepção de que o clima está “fora de controle” cria um estado de alerta contínuo. “Muitas pessoas se sentem impotentes frente às mudanças climáticas. Quando o calor é extremo e constante, o cérebro interpreta essa situação como uma ameaça, o que pode desencadear quadros de estresse, insônia e ansiedade“, afirma a psicóloga.
O sentimento de catastrofismo, de acordo com a especialista, agrava bastante o problema. “A ideia de que o mundo está ‘acabando’ por conta das mudanças climáticas pode levar a uma profunda sensação de inquietude desencadeadora de estresse e ansiedade, em que o indivíduo sente que o futuro é incerto e perigoso. Isso afeta diretamente a saúde mental”, diz.
É o que é conhecido como “ecoansiedade”, apesar de não ser um diagnóstico clínico. É importante que a pessoa consiga se importar com o meio ambiente, porém sem deixar a ansiedade tomar conta.
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