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Viúva de Chorão não se opõe a ex-integrantes tocarem as músicas do Charlie Brown Jr; entenda

Advogado de Graziela Gonçalves disse que cliente não é contra os ex-guitarristas tocarem as músicas da banda, mas, antes, espera por uma conversa harmoniosa para acertar detalhes. Ex-companheira de Chorão (à dir.) ‘não se opõe’ a apresentações de ex-guitarristas (à esq.) com as músicas da banda
Reprodução/Redes Sociais
Graziela Gonçalves, viúva de Chorão, não se opõe à execução das músicas do Charlie Brown Jr. pelos ex-integrantes da formação original da banda. Segundo seu advogado, Maurício Cury, a cliente quer apenas uma reunião harmoniosa para ajustar o pagamento de royalties aos herdeiros, ela e o filho do cantor, que detêm 45% e 55% da marca respectivamente.
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Os músicos Thiago Castanho e Marco Britto, o “Marcão”, brigam na Justiça contra o filho de Chorão, Alexandre Lima Abrão. Em 2022, o herdeiro do cantor conseguiu o registro da marca Charlie Brown Jr. no Instituto Nacional da Propriedade Industrial [INPI]. Já em março deste ano, a equipe de reportagem divulgou que os ex-guitarristas acusam Abrão de usar documentos falsos no processo.
Chorão e Graziela foram casados por quase 20 anos e, a partir disso, a Justiça determinou, durante o acordo pelo inventário dele, que ela tivesse 45% dos direitos de imagens e produtos, incluindo marcas, referentes ao cantor e à banda. Alexandre, por sua vez, tem 55% desses direitos.
Segundo o advogado Maurício Cury, Graziela “nunca se opôs” que os ex-guitarristas da formação original da banda toquem as canções eternizadas na voz de Chorão. O intuito é dialogar com eles para que os herdeiros também recebam os direitos pela obra. Os royalties são uma forma de compensação por permitir que terceiros utilizem os ativos, no caso, as músicas.
“O que a Graziela deseja, na medida em que é detentora de parte dos direitos artísticos da banda e da marca Charlie Brown Jr, é conversar com os músicos. E, juntos e de forma harmoniosa, estabelecerem um ajuste com o respectivo pagamento de royalties aos herdeiros, como, aliás, é usual em qualquer licenciamento”, disse o advogado.
De acordo com Cury, a viúva de Chorão tem e sempre teve um relacionamento bom com os músicos. Ela acredita que a obra deixada pelo ex “deve continuar a ser celebrada e desfrutada por todos os fãs da banda”.
O g1 entrou em contato com Marco Britto sobre a declaração, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
Disputa por uso da marca
Em março, a disputa na Justiça pelos direitos sobre a marca Charlie Brown Jr. virou motivo de briga nas redes sociais. Os guitarristas da banda, Marcão Britto e Thiago Castanho, fizeram um post acusando o filho de Chorão de usar um documento falso no processo. A mãe do herdeiro se manifestou e disse que os músicos não têm direitos, pois venderam a marca.
“O Alexandre, filho do Chorão, fez uso de um documento falso dentro do nosso processo judicial e em pedidos de registro da marca Charlie Brown Jr. no INPI [Instituto Nacional da Propriedade Industrial]. Ele usou um documento de autorização para utilização de marca com assinaturas falsificadas da presidente e da vice-presidente da Peanuts, de Nova Iorque, dona da marca Charlie Brown (Snoopy)”, diz a publicação de Marco Britto.
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Na Justiça
Quem são os envolvidos?
Qual é o primeiro processo?
Qual é o segundo processo?
A banda já se manifestou?
1. Quem são os envolvidos?
Graziela Gonçalves foi casada com Chorão por quase 20 anos e se tornou ‘musa inspiradora’ para diversas músicas da banda. Em 2018, ela publicou o livro “Se não eu, quem vai fazer você feliz? Minha história de amor com Chorão”.
Alexandre Lima Abrão é filho de Chorão em outro relacionamento. O enteado de Graziela já se envolveu em algumas polêmicas com nomes de peso da banda, como os guitarristas Marcão Britto e Thiago Castanho.
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2. Qual é o primeiro processo?
A primeira ação corre na Justiça desde 2022 e, segundo a defesa de Graziela, Alexandre fechou aproximadamente 20 contratos com empresas sem prestar contas à ela.
De acordo com os advogados da mulher, Maurício Guimarães Cury e Rafael Barros Almeida, do escritório Cury e Moure Simão Advogados, ela ainda não recebeu as receitas desses contratos fechados por Alexandre.
Em outubro de 2022, o juiz Felipe Poyares Miranda, da 16ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo, determinou que Alexandre prestasse contas desses negócios à Graziela.
Viúva e filho de Chorão entram em disputa judicial por marca ‘Charlie Brown Jr’
Reprodução
Em seguida, uma perita foi nomeada para fazer o laudo pericial contábil, ou seja, analisar todos os valores recebidos por Alexandre nos contratos com empresas sem a participação de Graziela. O advogado Maurício Cury, que representa a mulher, acrescentou que o processo está em fase de perícia contábil e, no momento, aguarda a entrega do laudo.
O g1 entrou em contato com a defesa de Alexandre Lima Abrão, em busca de um posicionamento sobre o caso, mas não obteve um retorno até a última atualização desta reportagem.
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3. Qual é o segundo processo?
A segunda ação corre na Justiça desde o ano passado. Neste caso, Graziela alega que Alexandre ignorou os direitos dela como herdeira ao registrar sozinho a marca da banda no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Ao g1, o advogado Maurício Cury, que representa Graziela, relatou que houve uma tentativa de resolver o assunto de forma amigável, mas Alexandre se negou a fazer a transferência desses direitos.
No processo, obtido pela equipe de reportagem, o advogado Reginaldo Ferreira Lima, que representa o filho de Chorão, afirmou que Graziela distorceu os fatos e agiu de “má fé”.
O g1 entrou novamente em contato com a defesa de Alexandre Lima Abrão, mas também não obteve um retorno.
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Vocalista do Charlie Brown Junior, Chorão, morreu há exatamente dez anos
4. A banda já se manifestou?
A equipe de reportagem entrou em contato com a banda sobre os casos mencionados. Em nota, o grupo afirmou que as ações envolvem Graziela e Alexandre, além de que as questões acordadas no inventário de Chorão também foram decididas por eles.
Portanto, a banda alegou oficialmente não ter nada a dizer sobre o assunto. Nenhuma publicação sobre o caso foi feita por meio das redes sociais oficiais do grupo.
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Morte de Chorão
O cantor Alexandre Magno Abrão, o Chorão, da banda Charlie Brown Jr, foi encontrado morto em um apartamento na Zona Oeste de São Paulo, no dia 6 de março de 2013. Ele tinha 42 anos.
Chorão em imagem do documentário ‘Marginal alado’
Divulgação
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