Marcella Sanches, médica veterinária fisiatra e acupunturista, encontrou o periquito verde fêmea no prédio em que mora, o resgatou e passou a tratar o animal. Veterinária mostra tratamento com laser de ave que sofreu trauma cranioencefálico
O destino de um periquito verde fêmea (Brotogeris) que caiu no chão e sofreu um trauma cranioencefálico poderia ter sido diferente caso não tivesse cruzado o caminho de Marcella Sanches, médica veterinária fisiatra e acupunturista. Após resgatar o animal, batizado como ‘Gal’, a profissional passou a compartilhar como tem sido a recuperação do animal nas redes sociais.
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Marcela enviou ao g1 imagens de como Gal foi encontrada em Santos (SP) e do processo de recuperação, que contou com tratamento a laser (assista o vídeo acima).
A ave foi encontrada em 15 de novembro. O periquito fêmea estava no chão do apartamento da veterinária, em uma área que está em reforma. “Lá, tem um carcará em volta do prédio e, provavelmente, ela se acidentou fugindo dele. Deve ter batido no vidro”.
Imagem mostra ‘Gal’ tentando se locomover logo após a queda que causou trauma cranioencefálico
Marcella Sanches
Após o resgate, Marcella colocou Gal em uma caixa e ligou para uma amiga que é especialista em animais silvestres, que a instruiu sobre a alimentação para a ave.
Por trabalhar com reabilitação e fisioterapia, passou na clínica para buscar o aparelho de laser. “Sabia que o quanto antes começasse o tratamento, as chances de se recuperar seriam maiores”, disse.
O laser, segundo ela, é um recurso eletrofísico usado na reabilitação física em tratamentos de diversas afecções, e pode ser usado para cicatrização de feridas, regeneração tecidual, analgesia e, nesse caso, para modular o processo inflamatório.
“A técnica transcraniana é a aplicação através do crânio, com parâmetros específicos do laser para tratar a lesão cerebral”, explicou.
A veterinária disse que, por causa do trauma, como a suspeita é de que ela tenha batido a cabeça, desenvolveu uma síndrome vestibular, que é um conjunto de sinais clínicos que surgem devido a alterações no sistema vestibular – responsável pelo equilíbrio e orientação do corpo no espaço.
“Ela apresentou inclinação da cabeça, perda de equilíbrio e dificuldade para caminhar. Além disso, não sabia há quanto tempo ela estava sem comer, e uma das patinhas não conseguia agarrar o poleiro [graveto de madeira]”, complementou.
Melhora após laser 🦜
Momento em que ‘Gal’ foi resgatada pela veterinária (à esq.) e o início do tratamento com laser (à dir.)
Marcella Sanches
Gal já foi submetida a aproximadamente 10 sessões de laser e apresentou melhora expressiva. “A ideia agora é melhorar a forma que a pata agarra no poleiro e que voe melhor”.
A ave, segundo a veterinária é ‘boazinha e colaborativa’, o que facilita o tratamento.
Sobre o nome escolhido, Marcella disse que foi para homenagear a Tropicália, pois já havia resgatado outra periquita verde abandonada e batizado de Betânia.
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