Após desvendar o assassinato do vigilante Alexsandro Aires Carvalho, 42 anos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) procura pelo quinto suspeito de participar do crime. A identidade do foragido ainda é desconhecida. Quem tiver informações sobre ele pode entrar em contato com a corporação pelo telefone 197.
Quatro pessoas foram presas até o momento, inclusive a vigilante Vitória Carla Nunes da Silva, ex-esposa de Alexsandro, e o namorado dela, o também vigilante Ricardo Nunes da Costa.
Veja quem são:
Alexsandro foi morto com 13 tiros, no início de abril deste ano, enquanto estava em uma marcenaria em Ceilândia. Meses depois, a investigação da PCDF desvendou que o crime não se tratava de um assassinato sem contexto. Uma segunda pessoa se feriu após também ser atingida pelos disparos.
“Todos foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com aumento da pena por terem atingido vítima diversa da pretendida. Caso condenados, a sentença pode prever até 45 anos de prisão”, afirmou o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), João de Ataliba Neto, responsável pela investigação do caso.
Saiba quem é a vítima:
Alexsandro Aires Carvalho, 42 anos
O quinto envolvido no homicídio teria transportado o assassino, apontado como Silvio Chaves de Oliveira. A investigação revelou que a execução foi orquestrada, principalmente, por Vitória Carla. Ela e Alexsandro tiveram um filho.
A investigada teria convencido Ricardo a cometer o assassinato, por dizer que era perseguida e ameaçada pelo ex. No início do ano, inclusive, houve uma discussão entre eles após Alexsandro flagrar os dois suspeitos juntos em casa.
No entanto, mesmo separada, Vitória Carla teria continuado a mandar textos para o ex-marido. A PCDF descobriu ainda que, momentos antes da execução, no mesmo horário em que conversava com Ricardo, a investigada enviou diversas mensagens de texto para Alexsandro, fingindo querer reatar o relacionamento. A intenção dela era forjar um álibi, caso fosse apontada como suspeita de participar do crime.
Nesse contexto, Vitória Carla teria induzido Ricardo a acreditar que o ex-marido dela seria um entrave para o novo relacionamento. Além disso, a ex-companheira de Alexsandro pretendia receber o seguro de vida dele, liberado em caso de morte do beneficiário. O valor era estimado em R$ 70 mil.
A apuração também revelou que Vitória Carla e Ricardo teriam contado com auxílio do vigilante Weslei Rodrigues Botelho dos Santos como intermediário no contato com um pistoleiro de aluguel.
Possivelmente sob promessa de pagar uma parte do seguro de vida decorrente da morte de Alexsandro, o grupo teria contratado Sílvio Chaves de Oliveira para executar o crime.
O assassinato ocorreu no dia em que Vitória Carla retornaria ao trabalho após sair de licença e no mesmo dia em que Ricardo entraria de férias. Com auxílio de um comparsa ainda desconhecido, Sílvio usou uma motocicleta de Weslei para ir até a marcenaria onde Alexsandro trabalhava naquela data e executá-lo.
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