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Tribunal Penal Internacional expede mandado de prisão contra Netanyahu, ex-ministro da Defesa de Israel e chefe do Hamas

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu classificou a decisão do Tribunal Penal Internacional como antissemita. Tribunal de Haia expede mandado de prisão contra primeiro-ministro de Israel
O Tribunal Penal Internacional expediu nesta quinta-feira (21) mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, o ex-ministro da Defesa dele e o chefe do Hamas por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense Yoav Gallant e o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, são agora procurados internacionalmente.
O mandado contra Mohammed Deif é pelo massacre de 7 de outubro do ano passado, quando os terroristas do Hamas invadiram Israel, mataram 1.200 pessoas, sequestraram 250 e torturaram e estupraram mulheres, idosos e crianças.
Segundo Israel, Deif foi morto em julho em um bombardeio na Faixa de Gaza. Mas o tribunal disse não ter comprovação da morte dele. O TPI também pretendia pedir a prisão de dois outros chefes do Hamas, que acabaram tendo as mortes confirmadas.
Já a ordem de prisão contra Netanyahu e Gallant é pela ofensiva em resposta ao ataque terrorista, que já deixou mais de 44 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo o ministério da Saúde de Gaza.
Os juízes do Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, na Holanda, disseram que existem motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu e Gallant são criminalmente responsáveis pela fome e pelas mortes de civis em Gaza.
A Autoridade Palestina afirmou que criminosos de guerra devem ser processados.
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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu classificou a decisão do Tribunal Penal Internacional como antissemita.
Ele acusou o tribunal de querer impedir que Israel exerça o direito de se defender daqueles que tentam cometer genocídio contra os cidadãos de Israel. E acrescentou que não cederá à pressão.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, falou que não é uma decisão política, é uma decisão de um tribunal de justiça internacional que deve ser respeitada e aplicada.
A Casa Branca rejeitou categoricamente os mandados de prisão, afirmando que a Corte Penal Internacional não tem jurisdição legal nesta matéria.
Enquanto a ordem de prisão for válida, Netanyahu e Gallant só poderão viajar para os países que não participam do Estatuto de Roma, como os Estados Unidos, China e Rússia. Mas correm risco de prisão ao passar pelos 124 signatários, entre eles o Brasil.
O presidente russo Vladimir Putin também tem um mandado de prisão contra ele, emitido em março do ano passado pelo mesmo tribunal. Por isso, Putin não participou da reunião do G20 esta semana no Rio de Janeiro. Mas na prática, o tribunal não tem como obrigar os signatários a cumprir os mandados.

Netanyahu tem contra si pedido de prisão expedido por Tribunal Penal Internacional
Imagem: Reprodução/TV Globo

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