Considerada como Em Perigo (EN) pelo CNCFlora, espécie natural da Mata Atlântica fluminense está ameaçada pela expansão urbana e pelo uso madeireiro. Considera Em perigo (EN), árvore vem tendo sementes coletadas para conservação em herbários públicos
José Ataliba Mantelli Aboin Gomes
Da família Lecythidaceae, a árvore Couratari pyramidata é parente próxima de espécies como a sapucaia, a castanheira e o jequitibá rosa. Atualmente, é considerada Em Perigo (EN) pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).
A área de ocorrência da Couratari pyramidata era restrita à Matat Atlântica do estado do Rio de Janeiro até que, em 1971, o pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) Hermes Moreira de Souza realizou a primeira coleta da espécie em Ubatuba (SP).
Além do exemplar nativo em Ubatuba (SP), espécie foi plantada no IAC de Campinas para conservação
Alfredo Morel
Mais tarde, em novembro de 2017, o pesquisador do Departamento de Botânica da Unicamp José Ataliba Gomes encontrou outro exemplar nativo na mesma cidade e, a partir dessa nova coleta, realizou o registro formal da planta.
“Essa coleta que estava no herbário do Instituto Agronômico não tinha sido digitalizada e informatizada, por isso não fazia parte do registro nacional de coletas. Mesmo assim, havia um exemplar conservado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro”, comenta Ataliba.
Espécie possui flores amarelas delicadas e numerosas
José Ataliba Mantelli Aboin Gomes
Com numerosas flores amarelas, a árvore de pequeno porte é hermafrodita e floresce de abril a julho, com polinização feita por abelhas. Em condições naturais, ocorre em florestas submontanas e de planície.
Segundo ele, exemplares preservados em herbários e jardins botânicos são muito importantes para a conservação de espécies ameaçadas, já que possibilitam o replantio em outros locais por meio da coleta de sementes. Um exemplo disso é o trabalho que vem sendo feito com a Couratari pyramidata.
A expectativa é que os jardins botânicos do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Jundiaí (SP) recebam sementes da árvore até novembro deste ano. A coleta do pesquisador Hermes Moreira possibilitou o plantio de uma árvore da espécie no IAC de Campinas, que floresceu recentemente.
Ameaças
De acordo com o CNCFlora, a espécie é ameaçada pela “expansão urbana fortemente impulsionada pela especulação imobiliária” no municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Maricá (RJ), que ocasiona perdas na extensão e na qualidade de seu habitat.
Outra ameaça pelo apontada pelo órgão é o uso madeireiro de indivíduos da planta. A planta tem ocorrência registrada no Parque Estadual da Serra da Tiririca, área de proteção integral e parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
No entanto, ainda segundo o CNCFlora, o parque vem sofrendo intensa degradação resultante da expansão urbana, de atividades de mineração, ocorrência de queimadas, turismo desordenado e invasão por espécies exóticas.
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