Comitê formado pelo Ministério de Minas e Energia e outros órgãos que compõem o sistema elétrico afirma que há incertezas sobre os efeitos do La Niña, associada à previsão de menos chuva e temperaturas mais altas no próximo trimestre. Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomenda medidas preventivas pra garantir abastecimento
A seca histórica pode afetar a geração de energia. O Comitê de Monitoramento de Setor Elétrico já está recomendando que o país adote medidas preventivas para garantir o abastecimento.
O nível dos principais reservatórios das hidrelétricas caiu com a falta de chuva. Hoje, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, elas estão com 55% da capacidade de água armazenada. Em 2023, nessa mesma época, estavam com quase 80%.
E o governo considera que a situação pode piorar. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – que é formado pelo Ministério de Minas e Energia e outros órgãos do sistema – afirma que há incertezas sobre os efeitos do La Niña, associadas à previsão de menos chuva e temperaturas mais altas no próximo trimestre.
Hoje, o governo já está trabalhando com usinas termelétricas, que são mais caras. O comitê liberou a contratação de outras duas usinas termoelétricas – mais caras ainda. Autorizou, também, que Belo Monte opere com menor vazão de água, e quer acelerar a entrada em operação de cinco novas linhas de transmissão.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que não há risco de crise no abastecimento. Mas o consumidor vai sentir no bolso agora em setembro o resultado dessa estiagem toda. Após três anos, o governo voltou a acionar a bandeira vermelha – que é mais cara.
Na sexta-feira (30), a Agência Nacional de Energia Elétrica chegou a anunciar que seria a bandeira vermelha patamar dois. Nesta quarta-feira (4), no início da noite, depois de rever os cálculos, mudou para a bandeira para vermelha patamar um – menos cara: R$ 4,46 a mais por 100 kWh consumidos.
Especialistas afirmam que hoje o uso das termelétricas é inevitável. Mas, segundo eles, o governo teria outras opções.
“Temos a tendência a utilizar apenas as térmicas como mitigador do problema. O nosso entendimento é que existem outras alternativas que juntamente com as térmicas podem tranquilizar a população. Os grandes consumidores que podem alterar seus modos de produção, reduzindo o consumo na hora da ponta e, consequentemente, fazendo com que a gente precise menos potência e menos geração térmica”, afirma Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia.
“Seria muito mais razoável, mesmo na situação atual, premiar quem consumir menos do que estimular o consumo maior e mais caro com a termoelétrica. É uma medida muito mais eficaz e positiva, não vai emitir CO2, você não vai aquecer mais. Ou seja, seria uma medida muito mais prudente, e eu diria que com efeitos até maiores do que despachar mais termoelétrica”, afirma o ex-diretor da Aneel Edvaldo Santana.
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