Nesta segunda-feira (12), o nível do rio está em 23,87 metros. Só em agosto, rio tem descido uma média de 10,8 centímetros por dia. Nível do Rio Negro está abaixo do mesmo período em 2023
O Rio Negro desceu 1,08 metros em 12 dias Manaus. Os dados são do Porto da capital, que monitora o ritmo de descida das águas. Nesta segunda-feira (12), o nível do rio está em 23,87 metros.
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A previsão de que, em 2024, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu no ano passado. Durante a estiagem severa, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos. O problema colocou Manaus em emergência, fechou escolas da zona rural e mudou a paisagem de importantes pontos turísticos da capital.
Neste ano, o governo do Amazonas decretou situação de emergência em 20 cidades por conta da estiagem severa. Em Envira, na fronteira com o Acre, 11 mil pessoas estão sendo impactadas pelo problema, que também tem causado desabastecimento na cidade e elevado o preço de alguns itens da cesta básica.
A última vez que as águas desceram, em Manaus, foi no dia 16 novembro do ano passado. Desde então, o Rio Negro tinha mantido um ritmo lento, mas constante de subida. No entanto, desde o dia 17 de junho, o rio parou de encher e passou seis dias em estabilidade.
No dia 23 daquele mês, porém, as águas começaram a descer. Desde então, foram 2,98 metros de descida, segundo o porto da capital. Só em agosto, o rio já desceu 108 centímetros, uma média de dez centímetros por dia.
O cenário é o mesmo em Itacoatiara, Tabatinga e Coari. Na Velha Serpa, segundo o boletim da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa Manaus), o Rio Amazonas desceu, desde o dia 3 de agosto até esta segunda-feira, 88 centímetros.
Rio Negro em Manaus, registro feito em janeiro de 2024
Michel Castro, da Rede Amazônica
Em Tabatinga, o Rio Solimões também desceu quase dois metros entre o dia 3 e esta segunda. Atualmente, o nível das águas está em 57 centímetros. Já em Coari, o Solimões desceu 1,84 metros no mesmo período.
Nesta segunda-feira (12), a Marinha do Brasil disse que realiza o monitoramento de trechos de rios no Amazonas onde as embarcações já enfrentam dificuldades para navegar. Em Itacoatiara, a passagem do Taboacal é um dos pontos mais críticos para a passagem de embarcações. Na região, dois portos provisórios estão sendo construídos para a passagem de navios que transportam mercadorias.
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