Um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), responsável pelo comando de um batalhão do Curso de Formação de Praças (CFP) XI da corporação, é investigado por prometer passar questões de uma prova para uma aluna, com quem mantinha contato via WhatsApp.
Na conversa pelo aplicativo, a estudante inicia a conversa sugerindo que o sargento teria assumido o compromisso de lhe repassar as questões de um prova. “Boa tarde Sgt! O senhor ficou que [sic] passar as questões da prova. Kkkk. Só pra lembrar”, digitou a aluna. O militar confirmou, mas argumentou que não teria as informações naquele momento.
“Quando souber vou repassar”, prometeu o instrutor. Na sequência, a aluna comentou que não havia prova marcada para a próxima semana, mas mostrou receio a uma possível mudança no cronograma.
O sargento respondeu: “Conta comigo”. A estudante, então, replicou: “Sempre senhor”. O militar respondeu com dois emojis, um símbolo de oração e um raio.
Veja:
Conversa entre sargento instrutor do CFP da PMDF e aluna do batalhão
Outras conversas do sargento com diversas alunas do batalhão vazaram nas redes sociais. Os diálogos indicaram uma suposta proximidade entre eles, mas não mencionam provas.
As trocas de mensagens entre o sargento e as alunas circularam em grupos de praças e oficiais nas redes sociais, chegando ao conhecimento do Comando-Geral da PMDF.
Como o caso ainda está em apuração, o Metrópoles optou por não divulgar as identidades da aluna e do sargento envolvidos na conversa.
Outro lado
Por nota, a PMDF informou que, anteriormente à divulgação dos fatos, a corporação já havia adotado todas as providências institucionais necessárias à demanda, sem especificar quais providências, de fato, teriam sido tomadas.
“Destaca-se que nenhuma avaliação teórica foi realizada pelos alunos do curso de formação de praças – CFP XI. A PMDF reitera que não coaduna com desvios de conduta dos seus integrantes”, disse.
Leia a nota na íntegra:
A PMDF informa que, anteriormente à divulgação dos fatos, a Corporação já havia adotado todas as providências institucionais necessárias a demanda.
Destaca-se que nenhuma avaliação teórica foi realizada pelos alunos do curso de formação de praças – CFP XI.
A PMDF reitera que não coaduna com desvios de conduta dos seus integrantes.
Na sequência, o Metrópoles perguntou quais foram as providências adotas. A PMDF respondeu que providências institucionais, mencionadas na nota oficial, incluem o afastamento e abertura de procedimento para apuração.
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