A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal sindicato da Argentina, anunciou a convocação de uma greve geral para 24 de janeiro, em resposta às reformas econômicas e trabalhistas apresentadas nas primeiras semanas de governo do presidente ultraliberal Javier Milei.
Por meio de comunicado, a CGT, que reúne diversos sindicatos do país, divulgou um “plano de luta” contra as medidas de Milei.
Conforme o jornal argentino Clarín, o protesto está marcado para começar às 12h e terminar às 0h. A data escolhida para o ato é um dia antes da votação do pacotão de novas medidas no Congresso da Argentina, em 25 de janeiro.
“Lei Ônibus”
Na última quarta (27/12), o presidente enviou ao Parlamento um projeto de lei, chamada de “Lei Ônibus”, que propõe uma ampla reforma e coloca o país em emergência até 2025.
O texto prevê medidas econômicas, financeiras, fiscais, previdenciárias, administrativas e sociais, bem como de segurança, defesa, tarifas, energia e saúde, por dois anos; portanto, até dezembro de 2025.
Imagem de papelão de Javier Milei enquanto as pessoas começam a se reunir para cerimônia de posse
O presidente da Argentina, Javier Milei, faz um discurso após sua cerimônia de posse no Congresso Nacional em 10 de dezembro de 2023 em Buenos Aires, Argentina
Marcelo Endelli/Getty Images
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Funcionários públicos da Argentina
Nesta terça (26/12), o governo de Milei anunciou que não renovará os contratos de funcionários públicos com menos de um ano de trabalho, medida que afeta cerca de 7 mil pessoas. A decisão rendeu protestos no país.
O decreto impede a renovação de contratos de trabalhadores empregados há menos de um ano na administração central do Executivo e em organizações descentralizadas do Estado, além de empresas públicas e corporações de maioria estatal.