São Paulo — A Justiça aceitou a denúncia oferecida pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público paulista (MPSP) contra policiais e demais investigados na Operação Cama de Gato, deflagrada em setembro deste ano na região de Piraju, interior do estado.
Todos são acusados por organização criminosa, tráfico de drogas, lavagem de capitais e coações. Agora denunciados, conforme confirmação do MPSP, os acusados tiveram a prisão preventiva decretada. Os policiais envolvidos no esquema criminoso seguem presos.
A investigação apontou que policiais civis da cidade se organizaram para subtrair cargas de entorpecentes de traficantes locais, vinculados a facções criminosas.
Segundo denúncia da Promotoria, os agentes simulavam prisões que, na realidade, não aconteciam, forjando situações para dar aos traficantes a oportunidade de fugir e, assim, ficar com as drogas.
De posse das drogas — e em conluio com outros policiais –, os investigados enviavam as remessas para comunidades no Rio de Janeiro. Os pagamentos decorrentes do tráfico eram feitos para laranjas.
Além de policiais civis, egressos do sistema prisional também integravam a organização criminosa, facilitando a troca de informações e atraindo traficantes responsáveis pela remessa de grandes quantidades de entorpecentes que seriam posteriormente subtraídos.
Um integrante do esquema tinha habilitação para pilotar helicóptero e, com isso, viabilizava o transporte aéreo e interestadual das cargas de drogas.
A operação realizada pelo Gaeco prendeu, no último dia 20 de setembro, quatro policiais civis investigados de participar de um esquema de tráfico de drogas na cidade de Piraju, no interior de São Paulo.
Um dos agentes era Paulo Rogério Cardoso (PL), conhecido como Paulinho Policial, que concorria à reeleição na época da operação. Assim como os outros policias, ele teria forjado falsas operações contra tráfico de drogas para repassar o material.
De acordo com o promotor do Gaeco Nelson Aparecido Febraio Júnior, os policiais faziam com que traficantes locais comprassem drogas de traficantes maiores. Quando a remessa de droga chagava, eles simulavam uma apreensão de drogas.
“Nessa armadilha para que a droga chegasse até eles e eles pudessem desviar essa droga, ninguém era preso. Eles deixavam as pessoas fugirem do local e a droga nunca era apresentada na delegacia de polícia. Essa droga era armazenada entre eles e, posteriormente, entregue a terceiros que estão sendo identificados neste momento”, explicou o promotor.
Além de responderem criminalmente, os policiais civil estão sendo investigados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e podem perder o cargo.
Na mesma operação, denominada “Cama de Gato”, foram cumpridos ao todo 12 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cidades do interior de São Paulo e em municípios do Paraná. As investigações mostraram que o esquema começou na cidade de Carlópolis, no Paraná.
Além das prisões, também foram apreendidos carros de luxo e R$ 105 mil em dinheiro.
Os nomes dos agentes presos não foram divulgados. O Metrópoles tentou contato com a defesa do vereador Paulo Rogério, mas não obteve resposta.
Jogadores do Estudiantes de Río Cuarto e membros da diretoria do tradicional clube argentino podem…
O estado de atenção foi decretado por volta de 12h54. Formação de nuvens na Zona…
Cantora lançou "Energia de Gostosa", sua aposta para o verão, nesta sexta-feira (20). Ivete Sangalo…
Fique bem informado com o seu jornal da hora do almoço. Assista ao Gazeta Meio…
Justiça determinou ainda que os militares sejam afastados de suas funções operacionais nas ruas. Segundo…
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta sexta-feira (20) que…