Felipe Guedes da Silva foi preso na terça-feira (14). Crime ocorreu em setembro de 2019. Justiça condenou a 21 anos de prisão acusado de matar enteado em Marília (SP)
Robson do Carmo/TV TEM
A Polícia Federal cumpriu, na manhã de terça-feira (14), em Marília (SP), um mandado de prisão contra Felipe Guedes da Silva, condenado a mais de 21 anos pelo homicídio de seu enteado, uma criança de apenas um ano de idade.
O crime ocorreu em 2019, e o processo já transitou em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recursos. O homem respondia em liberdade.
Felipe Guedes da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri pelo assassinato do menino, após ter agredido violentamente a criança com golpes na cabeça enquanto estava sob sua responsabilidade em casa.
Na ocasião, a mãe do menino, companheira de Felipe, estava trabalhando. Segundo a denúncia do Ministério Público, o réu e a mãe da criança viviam em união estável no momento do crime.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 4 de setembro de 2019. Na época, o suspeito relatou à polícia que estava tomando conta do filho da namorada, que trabalhava durante à noite, quando foi tomar banho no início da manhã e ouviu um barulho.
De acordo com o relato, ele havia deixado o menino deitado em um colchão na sala e percebeu que a criança havia caído. Ele informou que colocou o menino no sofá e voltou ao banheiro.
Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito declarou que, ao sair do banho, encontrou o menino passando mal, sem conseguir respirar, e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros.
Homem foi preso suspeito de matar enteado de um ano em Marília
Polícia Civil/Divulgação
Em seguida, a criança teria sido levada até o Pronto Atendimento (PA) da zona sul, com a ajuda de um vizinho. Arthur Miguel Monteiro Lopes morreu no fim da noite do mesmo dia, no hospital.
O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil. Contudo, as investigações contestaram a versão apresentada pelo suspeito. Conforme o inquérito, considerando a baixa estatura da vítima e as condições do local, o menino não poderia cair com tanta força e, assim, sofrer um traumatismo craniano.
O acusado foi preso em 17 de dezembro de 2020, mais de um ano depois da morte de Arthur Miguel Monteiro Lopes. No entanto, acabou sendo solto durante o processo e respondia pelo crime em liberdade.
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