São Paulo — A integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) Elaine Souza Garcia, de 34 anos, conhecida como Patroa, é estudante de direito e tinha acabado ser aprovada em um programa de estágio do Ministério Público de São Paulo (MPSP). A assinatura da posse que marcaria o início do estágio estava marcada para terça-feira (10/9), mesmo dia em que ela foi presa acusada de liderar ataques do Novo Cangaço — as grandes ações de roubo a bancos que acontecem em cidades pequenas.
Patroa do PCC pretendia ingressar no estágio na cidade de Itapeva, no interior de São Paulo. A convocação de Elaine pela Regional de Sorocaba chegou a ser publicada no Diário Oficial — ela deveria comparecer às 9h na Promotoria de Justiça da cidade. As informações são da GloboNews.
A prisão de Elaine aconteceu durante operação conjunta do próprio MPSP e da Polícia Federal. As investigações apontaram que ela foi uma das pessoas a receber treinamento de tiro com fuzil diretamente de um homem cadastrado Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs). Ele foi identificado como Otávio Alex Sandro Teodoro de Magalhães, o Terrorista.
O treino tático dos CACs (veja abaixo) inclui orientação sobre o manuseio de armas com alto poder de destruição. A habilidade, segundo as investigações, credenciaria os criminosos a realizar os ataques conhecidos como Novo Cangaço ou domínio de cidades.
Conforme mostrou o Metrópoles, a Patroa do PCC é peça-chave na investigação sobre as ações do Novo Cangaço. Ela também seria responsável pela negociação de drogas, armas e por receber retornos sobre assassinatos de rivais.
Um dos matadores que lhe prestam satisfações, segundo relatório da PF obtido pelo Metrópoles, é o marido dela: Delvane Lacerda, o Pantera, apontado como importante membro do PCC. Ele é um dos principais responsáveis por ajudar a facção a estender os tentáculos para o Piauí.
Pantera e Patroa, casados há oito anos, compravam armamento pesado de Otávio Terrorista, o mesmo que deu a eles o treinamento com fuzil. Pantera e Terrorista também foram presos na terça-feira.
Além do casal e do CAC, foram presos durante os integrante do PCC Jakson Oliveira Santos, o Dako, e Diogo Ernesto Nascimento Santos, que atuava no núcleo financeiro da facção e, também, nas execuções de inimigos.
O Metrópoles busca a defesa dos acusados. O espaço está aberto a manifestações.
No total, 18 suspeitos foram denunciados pelo MPSP desde o início do ano. Quatro CACs foram presos apontados como fornecedores de armas para a facção.
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