Os parlamentares do Distrito Federal reagiram às mortes de três crianças após suspeita de negligência médica. Em um mês, três casos vieram à tona com denúncias de pais. A situação uniu deputados de oposição e do governo cobrando explicações para os óbitos.
“É inadmissível uma pessoa morrer porque não tem uma viatura para fazer o transporte”, disse o deputado da base governista Jorge Vianna (PSD), que foi o primeiro distrital a subir à tribuna.
O deputado Chico Vigilante (PT) sugeriu a convocação da secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e do diretor do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), Juracy Cavalcante. “A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) não pode ficar assistindo a esta situação”, disse o parlamentar.
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O petista destacou que o convite é para que seja encontrada uma saída em conjunto para “tão grave problema”.
Na mesma linha, o deputado distrital Max Maciel (Psol) disse o que faria se fosse um filho dele morrendo com falta de atendimento na rede pública. “Eu tacava fogo, quebrava tudo”, afirmou.
O psolista justificou, em seguida, alegando que “o maior vandalismo é um Estado deixando que pessoas morram sem assistência”. Maciel faz referência aos episódios em que pais alegam negligência médica como causa da morte dos filhos.
Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, o deputado Gabriel Magno (PT) classificou a saúde pública como “caótica”.
“É com indignação que vemos as mortes de crianças à espera de atendimento”, ressaltou o parlamentar. Ele responsabilizou o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). “O Iges está acabando com a vida das pessoas, e é literal”, destacou.
Outro da base que teceu comentários sobre o caso foi o deputado Joaquim Roriz Neto (PL). Ele prestou solidariedade às famílias das crianças e disse que o que pode ser feito agora “é trabalhar o máximo possível para que isso não aconteça novamente”.
O deputado Thaigo Manzoni (PL) disse que a Saúde do DF apresenta dificuldades todo dia. “O problema, provavelmente, está na dependência do Estado”, especulou.
A deputada Dayse Amarilio (PSB) relatou a peregrinação das crianças pelas unidades de saúde, sem sucesso. E a deputada Paula Belmonte (Cidadania), relembrando história pessoal, declarou, emocionada: “Sei a dor da perda de um filho”.
As mortes também repercutiram no Senado Federal. A senadora Leila Barros (PDT-DF) expôs em pronunciamento, o que chamou de “caos na saúde”. A parlamentar destacou que o Governo do Distrito Federal não tem conseguido achar soluções para a saúde pública da população.
“É inadmissível que a autoridade máxima do DF não tenha respostas para uma crise que só tem se agravado”, afirmou a senadora.
Em um mês, três casos vieram à tona com denúncias de pais das crianças. O primeiro aconteceu em 14 de abril é o da bebê Jasminy Cristina de Paula Santos, de 1 mês de vida. Ela recebeu diagnóstico preliminar de bronquiolite, mas não houve solicitação de exames.
O segundo foi de Anna Júlia Galvão, que teve o diagnóstico inicial errado e depois passou cerca de sete horas aguardando uma ambulância para levá-la de uma unidade de pronto-atendimento (UPA) para o Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), onde foi intubada e faleceu em 17 de abril.
O mais recente é o de Enzo Gabriel , que morreu em 15 de maio na mesma UPA que Jasminy. Ele tinha apenas 1 ano e morreu à espera de leito de unidade de terapia intensiva (UTI). Os familiares também alegam negligência. Esses dois casos são investigados pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
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