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“Objetivo continua o mesmo: a dolarização”, diz ministro argentino

O novo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou, em entrevista à emissora LN+, na noite de quinta-feira (14/12), que o governo do presidente Javier Milei continua com o objetivo de dolarizar a economia do país – uma das principais bandeiras defendidas pelo então candidato ultraliberal durante a campanha eleitoral deste ano.

“O presidente sempre fez campanha pela dolarização e pelo fechamento do Banco Central. Essas bandeiras não foram deixadas de lado”, disse Caputo.

“Nosso objetivo é resolver a catástrofe do legado que recebemos. Estamos com um doente que está nos cuidados intensivos. O objetivo continua o mesmo: alcançar a dolarização. O presidente não mente”, prosseguiu o ministro.

Desde o anúncio do pacote com as primeiras medidas econômicas implementadas pelo novo governo, no início da semana, houve uma forte desvalorização do peso e uma disparada do dólar no país.

Os movimentos do peso e do dólar são resultado das medidas tomadas pelo governo. A partir de agora, o dólar oficial tem a cotação fixa de 800 pesos, o que representa um aumento de 118% em relação às cotações anteriores (de cerca de 366 pesos).

Para isso, o governo aumentou o imposto de importações, que incide sobre a compra de dólares, e alguns impostos retidos na fonte sobre as exportações não agropecuárias. A taxa de câmbio oficial teve um acréscimo adicional de 30% do imposto “Pais” (sigla para “Por uma Argentina Inclusiva e Solidária”).

Inflação é “catástrofe”

A inflação anual na Argentina foi de 160,9% em novembro deste ano, de acordo com dados divulgados nesta semana pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em outubro, nessa mesma base de comparação, o índice estava em 142,7%.

Na comparação com o mês anterior, a inflação argentina ficou em 12,8%, uma forte aceleração ante os 8,3% registrados em outubro.

Com isso, a inflação acumulada da Argentina deve fechar 2023 no maior patamar desde o período de hiperinflação, na década de 1990. A alta deste ano ficará acima dos 84% alcançados em 1991.

“Se você analisar os números, eles não são exagerados. Estamos em uma catástrofe. O que foi herdado é o pior legado da história”, disse Caputo.

“O coração do programa sempre foi fiscal. Minha concordância com o presidente sobre isso foi absoluta. Ele sempre disse e reconheceu que dados os 20 pontos de financiamento do déficit com emissão monetária dificultavam muito a saída dos estoques”, afirmou o ministro. “Estamos garantindo a independência do Banco Central e reduzindo drasticamente as emissões.”

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