O que Musk foi fazer na China, o maior mercado de elétricos do mundo

O CEO da Tesla, Elon Musk, chegou a Pequim, na China, neste domingo (28/4), numa visita que não havia sido previamente anunciada. Essa foi a segunda viagem do bilionário em um ano ao país asiático, o maior mercado de carros do mundo, com mais de 30 milhões de veículos produzidos em 2023 – no Brasil, a título de comparação, o número foi de 2,3 milhões.

Neste domingo, Musk surpreendeu a mídia internacional ao postar no X, o ex-Twitter, a rede social da qual ele é dono, uma foto ao lado do primeiro-ministro da China, Li Qiang (imagem em destaque). “Nós nos conhecemos há muitos anos, desde os primeiros dias em Xangai”, disse o CEO, que definiu o encontro como uma “honra”. 

De acordo com a imprensa estatal, Musk viajou a convite do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional. A visita também coincide com a realização do Salão do Automóvel de Pequim.

Segundo a agência Reuters, o bilionário deverá ainda tratar do lançamento do software Full Self-Driving, o modelo atual de direção autônoma da Tesla. Musk já afirmou que, “em breve”, a companhia poderá oferecer a tecnologia aos clientes chineses.

A Tesla mantém uma fábrica em Xangai, a primeira fora dos Estados Unidos, desde 2018. Essa tecnologia de direção autônoma foi lançada há quatro anos, mas não chegou à China, o segundo maior mercado global da empresa. 

Concorrência dura

Entre chineses, a Tesla também tem alguns de seus mais aguerridos concorrentes. Depois de criticar os fabricantes locais, Musk passou a elogiá-los e defini-los como os mais competitivos do mundo.

Em 2023, a chinesa BYD superou a empresa do bilionário e conquistou o posto de maior fabricante de elétricos do planeta. No primeiro trimestre deste ano, contudo, a Tesla vendeu mais de 386 mil carros e reassumiu a liderança do setor.