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Nunes mantém Fernando Padula na educação: “Tem muita coisa pra fazer”

São Paulo O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) decidiu manter o atual secretário da Educação, Fernando Padula, à frente da pasta, apesar do desempenho ruim registrado por sua gestão em indicadores de qualidade do ensino.

Em um vídeo publicado no Instagram nesta sexta-feira (27/12) ao lado de Padula, Nunes afirmou que seu governo “avançou muito” na área, citou conquistas como o fim da fila de espera por vagas em creches, e disse saber que ainda “tem muita coisa para fazer”.

“A gente ainda tem muita coisa pra fazer. Tenho certeza que o Padula junto com sua equipe vai poder dar aquela resposta necessária que a gente precisa e que você deseja na nossa cidade”, disse o prefeito.

O secretário agradeceu o emedebista e prometeu se empenhar especialmente na alfabetização dos estudantes nos próximos anos. “Agora o foco é absoluto na alfabetização, garantia do direito de aprendizagem e educação integral infantil”, afirmou Padula.

Além dele, Nunes também anunciou nesta sexta os nomes de outros quatro secretários do futuro governo.

Confira a composição do novo secretariado de Nunes até o momento:

Assistência Social: Eliana Gomes
Casa Civil: Enrico Misasi
Comunicação: Fabio Portela
Cultura: Totó Parente
Educação: Fernando Padula (mantido)
Esportes: Rogério Lins
Gestão: Marcela Arruda
Governo: Edson Aparecido (mantido)
Urbanismo e Licenciamento: Elisabete França (mantida)
Infraestrutura e Obras: Marcos Monteiro (mantido)
Meio Ambiente: Rodrigo Ashiuchi
Mobilidade e Trânsito: Gilmar Miranda (mantido)
Projetos Estratégicos: Coronel Mello Araújo
Relações Internacionais: Angela Gandra
Saúde: Luiz Carlos Zamarco (mantido)
Segurança Urbana: Orlando Morando
Subprefeituras: Fabrício Cobra (atual Casa Civil)
Pessoa com Deficiência: Silvia Grecco (mantida)
Procuradoria-Geral: Luciana Sant’Ana Nardi
Transporte e Mobilidade Urbana: Celso Jorge Caldeira

Quem é Fernando Padula

Político com longo histórico de atuação tucana, Padula trabalhou nas gestões dos ex-governadores Mário Covas (PSDB), Geraldo Alckmin (atual PSB) e José Serra (PSDB) em São Paulo.

Foi citado na investigação sobre a máfia da merenda, escândalo descoberto durante o governo Alckmin. Na época do caso, Padula era chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Educação. Ele sempre negou qualquer envolvimento com o esquema.

Em 2021, foi alçado ao posto de secretário municipal da Educação da capital paulista por Bruno Covas (PSDB), de quem era amigo de infância.

Durante sua gestão na pasta paulistana, alguns dos principais indicadores de qualidade da rede municipal de ensino registraram piora. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal referência sobre a qualidade da educação no país, ficou abaixo do nível pré-pandemia em São Paulo para os anos iniciais do ensino fundamental.

Em 2019, a cidade recebeu nota 6 no Ideb, em uma escala que vai de 0 a 10, para os anos iniciais do fundamental. Já em 2023, a nota caiu para 5,6, pior que a registrada em 2021, em meio à pandemia, quando a cidade teve nota 5,7.

Nos anos finais do fundamental, o indicador voltou ao mesmo patamar registrado em 2019, 4,8. Assim como no caso dos anos iniciais, a nota foi menor que a registrada em 2021, quando a cidade tinha conseguido 5,1.

A alfabetização dos estudantes também deixou a desejar na capital paulista. Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Educação em julho deste ano mostrou que a cidade de São Paulo só conseguiu alfabetizar 37,9% dos seus alunos até o 2º ano do fundamental.

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Programa de Transferência de Recursos Financeiros libera verba para escolas financiarem projetos e pequenos reparos

Fernando Azevedo / Prefeitura de SP

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Escola Manuel Borba Gato está entre as que serão municipalizadas

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Escola Clarina Amaral Gurgel recebe placa da Prefeitura de São Paulo

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Veículo da Prefeitura estacionado em frente à Escola Manuel Borba Gato

Jessica Bernardo/Metrópoles

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Mãe chega em escola municipalizada para pedir informação

Jessica Bernardo / Metrópoles

Os gargalos da rede municipal de ensino foram utilizados contra Nunes durante as eleições municipais. Depois de eleito, o emedebista viu a pasta ser cobiçada por um dos principais partidos de sua coligação, o PL de Jair Bolsonaro, mas disse que não aceitaria indicações de partidos para a secretaria.

Na semana passada, o prefeito se reuniu com uma série de especialistas em educação para receber sugestões do grupo para melhorar os indicadores da área na cidade. Padula também participou do encontro.

Agora mantido no cargo, o secretário terá que administrar um orçamento de R$ 23 bilhões da pasta em 2025 – o maior entre todas as secretarias da gestão. A rede municipal de ensino tem mais de 1 milhão de alunos.

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