São Paulo — A namorada do empresário Rogério Saladino, 56 anos, morto em tiroteio com a polícia na noite deste sábado (16/12) em São Paulo, se manifestou nas redes sociais sobre o caso. “Meu coração está em prantos, meu amor. Ainda não acredito. Te amo eternamente”, escreveu.
Rogério Paladino, empresário morto em SP
Rogério Paladino, empresário morto em SP
Reprodução/Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica
Milene Bagalho policial morta em SP
Milene Bagalho, policial morta em SP
Reprodução/Redes sociais
Rogerio Saladino
Rogério Paladino teria recebido policiais a tiros
Tiroteio deixa três mortos em SP
Tiroteio foi em um dos bairros mais nobres de SP
Reprodução/Vídeo
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Vídeo mostra momento em que o empresário Rogério Saladino recebe polícia a tiros nos Jardins
Reprodução
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Vídeo mostra momento em que o empresário Rogério Saladino recebe polícia a tiros nos Jardins
Reprodução
Tiroteio deixa três mortos em SP
Policial reagiu ao tiroteio e matou empresário
Reprodução/Vídeo
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Vídeo mostra policial reagindo a tiros disparados pelo empresário Rogério Saladino nos Jardins, em SP
Reprodução
Alex vigilante morto no Jardins em São Paulo
Alex Mury foi morto durante tiroteio no Jardins
Reprodução
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A modelo Bianca Klamt em foto com o namorado, o empresário Rogério Saladino
Reprodução/Instagram
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Saladino morreu após receber policiais a tiros em sua mansão nos Jardins, região nobre de São Paulo. Os agentes tinham ido ao local para pedir imagens das câmeras de segurança que pudessem auxiliar na investigação de um crime na vizinhança. Segundo a polícia, o empresário acreditou se tratar de “um golpe” e saiu armado de casa.
Ele matou, com uma pistola calibre 45, a policial civil Milene Bagalho Estevam, 39 anos. Um parceiro de Milene revidou os tiros e atingiu o empresário. Tanto Saladino quanto a policial, além de um funcionário da casa, o vigilante Alex James Gomes Mury, 49 anos, morreram na ação (veja abaixo).
Nos stories de seu Instagram, onde tem mais de 57 mil seguidores, Bianca Klamt disse que o namorado era um homem “fora da curva”. “Nem acredito que tínhamos nosso lar e tudo veio por água abaixo”, postou junto ao vídeo de uma celebração entre amigos e familiares.
Bianca também negou que estivesse acontecendo uma festa na mansão no momento do tiroteio. “Não é verdade. Estávamos tranquilos, poucas pessoas, eu estava montando um almoço”, afirmou.
Quem era o empresário
Rogério Saladino era presidente do grupo Biofast, uma empresa da área de medicina diagnóstica, e conhecido das colunas sociais pelos eventos que promovia com empresários e celebridades em sua casa de veraneio em Trancoso, no litoral sul da Bahia.
Além da mansão nos Jardins, um dos bairros mais ricos de São Paulo, Saladino tinha também casa no luxuoso condomínio Altos do Segredo, em Trancoso, onde costumava receber personalidade em almoços, festas e jantares. Ele deixa um filho de 15 anos.
Policial civil morta
A policial morta por Saladino estava na corporação havia sete anos e deixa uma filha de cinco anos. Ela trabalhava no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Segundo o delegado Fábio Pinheiro Lopes, diretor do Deic, Milene era uma das melhores policiais da divisão. “No Deic eu tenho 650 policiais, e a Milene era a que mais se destacava. De cada 10 latrocínios que a gente atendia, ela e o parceiro esclareciam 8. É uma perda irreparável”, disse.
Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, também elogiou a profissional. “Milene era uma policial exemplar, que vinha desenvolvendo investigações complexas, sempre trabalhando com muito afinco”, afirmou.
Dian afirmou que Milene foi baleada com uma pistola calibre 45, a uma distância entre 8 e 10 metros. “Ele abriu a porta da casa dele e já passou a atirar na policial”, afirmou. “Ele simplesmente abriu [o portão], se abrigou e começou a atirar na policial, que estava inclusive falando com o delegado dela [por telefone], reportando a diligência.”
Milene foi enterrada neste domingo (17/12), em um funeral que reuniu centenas de colegas. Durante o velório, realizado no Crematório da Vila Alpina, muitos policiais civis choravam e outros, comovidos, mal conseguiam falar com a imprensa.
As viaturas seguiram em cortejo do local onde o corpo foi velado até o cemitério, uma distância de cerca de 500 metros. As sirenes foram ligadas e o trânsito foi fechado por batedores.