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Municípios da região recebem alerta para possível epidemia de dengue e chikungunya

Segundo a Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros, a situação se tornou preocupante após a detecção do sorotipo 3 do vírus da dengue em amostra coletada em um homem, de 31 anos, residente em Belo Horizonte. Combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti é fundamental para evitar epidemia
Lucas Garriga/INaturalist
Os municípios da região estão sendo alertados pela Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros para uma possível epidemia de dengue e chikungunya.
Segundo a SRS, a situação se tornou preocupante após a detecção do sorotipo 3 do vírus da dengue em amostra coletada em um homem, de 31 anos, residente em Belo Horizonte. O caso ainda está sendo investigado para que seja feita a identificação do provável local da infecção.
Por conta desse cenário, a SRS pede que as secretarias municipais de saúde incrementem as ações de enfrentamento ao Aedes aegypti, façam a coleta de amostras para análise laboratorial, a notificação dos casos, entre outras medidas (veja abaixo).
“É importante destacar que a possível reintrodução do sorotipo 3, somado ao expressivo número de indivíduos suscetíveis, torna o cenário epidemiológico propício ao aumento da transmissão de dengue neste período sazonal e potencializa a ocorrência de surto e epidemia de maiores proporções. Especialistas alertam para o risco de uma epidemia em 2024 pelo sorotipo 3 no Brasil”, reforçou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde.
Há quatro sorotipos da dengue, sendo que a infecção por um deles gera imunidade contra esse mesmo sorotipo. Entretanto, é possível contrair dengue novamente se houver contato com um sorotipo diferente. O risco de uma epidemia com o tipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que esse vírus circulou já faz um tempo no país.
Em comunicado enviado aos municípios, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) destacou que “neste ano, entre as semanas 1 e 47 os casos prováveis de Chikungunya se concentram principalmente nas macrorregiões Norte e Nordeste do Estado, somando 44.832 casos prováveis. Esses números são maiores do que os observados no mesmo período em 2022, sendo 9.796 casos nas macrorregiões Norte e Nordeste e 13.133 para todo o Estado. Para este período de entrada da sazonalidade 2023/2024, identifica-se um aumento de positividade laboratorial para Chikungunya que corresponde a 28,5% para sorologia IgM e 24,4% para biologia molecular, com aumento deste último para 29,1% na semana 47.”
O comunicado ainda reforçou que a “co-circulação do sorotipo 3 e do vírus da febre Chikungunya é um alerta para a rede assistencial, uma vez que pode aumentar a sobrecarga de atendimentos nos serviços de saúde e demandar a necessidade de diagnóstico diferencial devido à sintomatologia semelhante.”
Abaixo, o g1 traz uma tabela com dados dos casos e óbitos de dengue, chikungunya e zika registrados em algumas das principais cidades da região. Os números foram extraídos do último boletim epidemiológico do Governo de MG, divulgado nesta terça-feira (12).
Casos de dengue, chikungunya e ziika
traz uma tabela com dados dos casos e óbitos de dengue, chikungunya e zika registrados em algumas das principais cidades da região. Os números foram extraídos do último boletim epidemiológico do Governo de MG, desta terça-feira (12)
Orientações para os municípios
Notificação dos casos em tempo oportuno para garantir melhor resposta ao enfrentamento
Realizar coleta de amostras laboratoriais, preferencialmente no momento em que as pessoas procuram as unidades de saúde
Solicitar exames para diagnóstico diferencial de dengue e outras doenças febris agudas
Monitorar e acompanhar sistematicamente os casos com sinais de alarme ou gravidade, lactentes, gestantes, adultos acima de 65 anos e pessoas com condições clínicas especiais
Intensificar a realização de visitas domiciliares para vistoria de depósitos de água, realizando as ações de bloqueio de transmissão ao detectar os primeiros casos suspeitos de arboviroses
Organizar os serviços de saúde para garantir o atendimento da população, inclusive em horários estendidos; capacitar profissionais de saúde para reconhecer os casos e oferecer manejo clínico adequado aos pacientes
Intensificar as medidas de controle e eliminação de focos do Aedes aegypti
Atualizar e acionar o plano municipal de contingência conforme o nível de alerta local.
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