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“Meus anjos”, diz pai de gêmeas siamesas que dividem quadril e pernas

As gêmeas Marieme e Ndeye nasceram no Senegal em 2016. Elas são siamesas e dividem toda a porção inferior do corpo: têm apenas um par de pernas e uma pélvis, mas dois corações e quatro braços.

A complexa união de seus corpos tornou as irmãs inseparáveis, o que é raro entre gêmeos siameses na atualidade. Embora as cirurgias sejam complexas e por vezes cheguem a 30 horas de duração, as equipes médicas quase sempre conseguem separar bebês nascidos assim.

Gêmeas siamesas

Também conhecida como gemelaridade coligada ou fusionada, a condição é rara, ocorrendo em cerca de um a cada 50 mil nascidos vivos e leva os corpos dos fetos a se fundirem ainda durante a gestação, já que não há separações entre placentas e sacos aminióticos.

Uniões tão extensas quanto a delas são ainda mais raras. Marieme e Ndeye são gêmeas parápagas, quadro que ocorre em menos de 20% dos casos de siameses. Dada a raridade do caso, elas serão estrelas de um documentário que estreia nesta quarta-feira (21/2) na BBC inglesa.

Desde que nasceram, o pai das meninas, Ibrahima Ndyiaye, procura um tratamento que possa separá-las. Enquanto a mãe cuida dos irmãos delas, Ibrahima partiu para a Inglaterra em busca de especialistas em gêmeos siameses.

Depois de muito debate e opiniões de diversas equipes de médicos, foi decidido que a melhor opção seria não separá-las, uma vez que as meninas não viveriam muito.

Recentemente, porém, Marieme e Ndeye comemoraram seu sétimo aniversário. “Elas são meus anjos. Estou muito orgulhoso de vê-las frequentar a escola regular, aprendendo com os amigos e fazendo parte da comunidade”, disse o pai delas em entrevista ao hospital Great Ormond Street Hospital for Children, responsável pelo caso.


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Tratamento complexo

Embora na maior parte do tempo elas levem a vida de crianças de sete anos — inclusive odiando o dia de matemática na escola —, Marieme e Ndeye têm desafios particulares. As gêmeas já passaram por cirurgias especializadas de ortopedia, urologia e cirurgias plásticas para ter uma vida com mais autonomia.

“Foi uma decisão difícil não separar as meninas, mas agora que as vemos crescer, sentimos que devemos comemorar a decisão de não colocá-las em risco”, conclui o cirurgião pediátrico Paolo De Coppi, responsável pelo cuidado delas.

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