O diagnóstico de câncer ainda é o principal temor das pessoas quando o assunto é saúde, como mostrou um estudo realizado pela Universidade de Cambridge, do Reino Unido, publicado esta semana. Em casos raros, há o risco de o paciente que já está com a doença ainda ser diagnosticado com um outro tumor — a situação é extremamente desafiadora para o indivíduo e também para a equipe médica.
Esse tipo de situação pode ocorrer, por exemplo, quando a mulher é diagnosticada com um câncer de mama e, ao fazer um check-up, os médicos identificam outro tumor primário, como um câncer de pulmão, de ovário ou de intestino.
“Esses cânceres primários podem acontecer ao acaso: é o que chamamos de câncer esporádico. Por exemplo, uma mulher tem um câncer de mama esporádico e tem um câncer de pulmão também esporádico em função do tabagismo. Ou ela pode ter câncer relacionado à uma predisposição hereditária (como a mutação do gene BRCA), e estar concomitantemente com o câncer de mama e de ovário”, explica o oncologista Wesley Pereira Andrade.
Para o médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SMCO), o maior desafio é tratar as duas doenças simultaneamente. A equipe médica deve definir qual é o câncer de pior prognóstico, ou seja, aquele que mais ameaça a vida do paciente, para organizar o tratamento.
“Algumas vezes vamos precisar começar o tratamento com um tipo de quimioterapia neoadjuvante, com a perspectiva de reduzir o tumor. E teremos que escolher qual tumor priorizar”, afirma Andrade.
O médico explica que a quimioterapia não é um tratamento genérico, que age em todo o corpo, tratando qualquer tipo de tumor. O termo é um nome genérico de uma classe de tratamentos que engloba inúmeros tipos de medicamentos específicos para cada tipo de câncer, ou mutações dele. “Temos a quimioterapia para câncer de intestino e outra quimioterapia para câncer de mama, por exemplo”, esclarece Andrade.
Quando o paciente tem indicação cirúrgica para tratar os dois cânceres distintos, o procedimento pode ser feito simultaneamente, se forem cirurgias de menor complexidade.
Mas quando um dos procedimentos é mais complexo, a prioridade vai para o câncer mais agressivo ou aquele com menor impacto da cirurgia para o paciente em questão de morbidade, possibilitando uma rápida recuperação para o procedimento seguinte.
Em todos os cenários, essa tende a ser uma situação delicada para o paciente, que passará por um tratamento mais pesado e que vai demandar mais tempo afastado de sua rotina e dos familiares e amigos.
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