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Me Too Brasil afirma que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida

Em nota, Silvio Almeida nega as acusações e diz que toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da lei. Me too Brasil diz que recebeu denúncia de assédio sexual contra ministro Silvio Almeida
A organização Me Too Brasil afirmou nesta quinta-feira (5) que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A informação foi divulgada depois que o site Metropoles publicou reportagem sobre o caso.
A organização Me Too divulgou uma nota intitulada “Caso Silvio Almeida”. Nela afirma que a organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual Me Too Brasil confirmou, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico.
De acordo com a organização, como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional para a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa.
Ainda segundo a Me Too Brasil, a denúncia pública expõe comportamentos abusivos que, por vezes, são acobertados por instituições ou redes de influência; e que a exposição de um suposto agressor poderoso pode encorajar outras vítimas a romperem o silêncio.
Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023, no início do governo.
Ministro nega
Na noite desta quinta-feira (5), o ministro Silvio Almeida se manifestou sobre essa denúncia. A nota foi publicada no site do Ministério dos Direitos Humanos.
No comunicado, Silvio Almeida repudia com absoluta veemência o que chamou de mentiras que estão sendo assacadas contra ele; repudiou tais acusações com a força do amor e do respeito que tem pela esposa e pela filha de 1 ano de idade, em meio à luta que trava, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país. Disse que toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, segundo o ministro, o que percebe são ilações absurdas com o único intuito de prejudicá-lo, apagar lutas e histórias, e bloquear o futuro.
Silvio Almeida acrescentou que confessa que é muito triste viver tudo isso, dói na alma; que, mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as existências, imputando a ele condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro, segundo a nota. Que toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados e não apenas baseados em mentiras, sem provas; e que encaminhará ofícios para Controladoria Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.
A nota prossegue: as falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade, segundo a nota. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a imagem dele enquanto homem negro em posição de destaque no poder público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.
Silvio Almeida finaliza dizendo que quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização; que sempre lutará pela verdadeira emancipação da mulher e vai continuar lutando pelo futuro delas. O ministro afirma que falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa e estão tentando apagar a história dele com o seu sacrifício.
Segundo o site Metropoles, uma das vítimas de assédio é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela ainda não se manifestou. O Jornal Nacional procurou o Palácio do Planalto, mas não teve retorno.
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