No ano passado, dupla foi a julgamento pela morte de Mateus de Freitas Ferreira, durante um ataque a um ônibus da torcida do Galo, em 2021. Ônibus ficou destruído após emboscada protagonizada por torcedores do Cruzeiro em novembro de 2021
Magno Dantas/TV Globo
Dois torcedores do Cruzeiro condenados pelo homicídio de um atleticano foram presos, nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte. No ano passado, a dupla foi a julgamento pela morte de Mateus de Freitas Ferreira, durante um ataque a um ônibus com a torcida do Galo, em 2021.
Segundo o Ministério Público, apesar da condenação a mais de 55 anos de prisão, eles receberam o direito de utilizar tornozeleiras eletrônicas e recorrer em liberdade (entenda abaixo). A promotoria entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), alegando que a decisão foi omissa, pois desconsiderou uma previsão do Código de Processo Penal sobre o júri popular.
De acordo com a lei, penas iguais ou superiores a 15 anos de reclusão decretadas pelo Tribunal do Júri deverão ter a execução provisória determinada. Isso significa que os réus teriam que iniciar o cumprimento da sentença, em regime fechado, antes mesmo do trânsito em julgado, fase em que os recursos se esgotam.
O TJMG acolheu o pedido dos promotores e determinou, na última terça-feira (7), a expedição dos mandados de prisão. O g1 tenta contato com a defesa dos torcedores.
Condenação
Os dois cruzeirenses foram a júri popular, em maio de 2023, pelo ataque a um ônibus com atleticanos. Ao menos 11 pessoas ficaram feridas depois que o coletivo, da linha 6350, foi atingido por um coquetel molotov, ao fim de uma partida entre Atlético e Fluminense no Mineirão, em 2021.
Gustavo Luiz da Silva foi condenado a um total de 61 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima e oito homicídios tentados duplamente qualificados por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Dois homens são condenados por morte de torcedor atleticano, em BH
Walker Marcelino Gouveia Lopes foi condenado a um total de 56 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado também por homicídio triplamente qualificado e por sete homicídios tentados duplamente qualificados.
Os dois eram integrantes da torcida organizada Máfia Azul. Eles estavam soltos com uso de tornozeleira eletrônica e receberam o direito de permanecer em liberdade durante a fase recursal. O monitoramento eletrônico será mantido.
Ao todo, 19 testemunhas foram ouvidas. Ao serem interrogados, os réus negaram participação no crime e disseram que apenas prestaram socorro às vítimas.
Julgamento de torcedores do Cruzeiro em BH nesta quinta-feira (11)
Joubert Oliveira/ Fórum Lafayette/ Divulgação
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O crime
De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 30 cruzeirenses fizeram uma emboscada e interceptaram o coletivo, que carregava cerca de 45 passageiros, na Região do Barreiro. Eles depredaram o veículo com pedras, paus e coquetel molotov.
Segundo o MPMG, os denunciados bloquearam as portas do ônibus e não deixaram ninguém sair. Várias pessoas ficaram feridas, e Mateus de Freitas Ferreira, de 20 anos, morreu.
Seis homens foram presos e, em julho de 2022, foram denunciados pelo Ministério Público por um homicídio e nove homicídios tentados. Para o órgão, eles assumiram o risco de matar as vítimas.
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