Antônio Bispo Leite, de 71 anos, era dono do bar onde a dupla foi assassinada. Ele será solto após dois anos de prisão, pois não há provas suficientes. O surfista Renato de Souza foi morto a tiros em Itanhaém (SP)
Reprodução
A Justiça absolveu o homem acusado de matar o surfista Renato de Souza e o amigo dele Edgley Clementino, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, Antônio Bispo Leite, de 71 anos, será solto após dois anos de prisão, pois não há provas suficientes contra ele.
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A dupla foi assassinada a tiros enquanto estava no bar de Antônio, próximo ao bairro Cibratel, em janeiro de 2015. Na época, a polícia apontou que o proprietário havia baleado Edgley após um desentendimento e atirado contra Renato como “queima de arquivo”, já que ele presenciou o crime.
O júri popular aconteceu nesta quinta-feira (9) no Fórum de Itanhaém e contou com sete jurados. Segundo o documento obtido pelo g1, a própria acusação do Ministério Público pediu pela absolvição de Antônio alegando que não havia provas suficientes contra ele. Com isso, a defesa apenas reiterou o pedido, que foi acatado pelos jurados.
Ao g1, o advogado José Oscar Silveira Junior comemorou a decisão, informando que o idoso deve ser solto ainda nesta sexta-feira (10). “A sensação de absolvição é sempre satisfatória, especialmente porque o réu foi solto após dois anos de prisão preventiva e, além de tudo, sempre ficou muito claro para nós que era inocente”, afirmou.
No entanto, o defensor criticou a postura do Ministério Público, que pediu pela prisão de Antônio sem provas. “Por outro lado, uma sensação de injustiça porque o mesmo promotor que ofereceu a denúncia e a prisão demorou dois anos para reconhecer que ele era inocente”.
Crime
De acordo com o advogado, os disparos que mataram Renato e Edgley vieram de desconhecidos que passaram pelo bar atirando em um carro preto e, inclusive, voltaram ao estabelecimento para tentar atingir o próprio Antônio, que testemunhou o crime.
“Voltaram para matá-lo. Ele fechou a porta do bar, entrou desesperado, saiu pelos fundos e foi embora. Falou para a mulher dele: ‘vem comigo ou então me encontra depois, vão me matar’. Quando a polícia chegou lá, os populares que estavam ali falaram por conta própria que viram um carro preto, que atirou nas vítimas”, esclareceu José Oscar.
Ainda segundo o defensor, Antônio foi acusado injustamente pela polícia. “Concluíram que quem tinha matado era o dono do bar, Antônio, um senhor nordestino, sergipano, que veio do Nordeste para fazer a vida no litoral. Ele trabalhava e tudo mais. Não acharam um único projétil de arma de fogo, não acharam arma com ele, não acharam absolutamente nada”, disse.
José Oscar afirmou que o proprietário do estabelecimento era colega das vítimas e sofreu represálias após ser acusado pelo crime. “Atearam fogo no bar dele, na casa dele, ele perdeu tudo que tinha”, explicou o advogado. Antônio foi considerado foragido por anos e, em 2022, foi preso.
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