Um israelense foi preso acusado de planejar o assassinato do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a mando do Irã. A prisão aconteceu no mês passado, mas a polícia israelense divulgou o caso apenas nesta quinta-feira (19/9).
De acordo com um comunicado conjunto da Polícia de Israel e do Shin Bet – o serviço secreto do país –, o homem teria vivido por um tempo na Turquia, onde foi apresentado a um empresário iraniano chamado Eddy. Os dois conversaram, inicialmente, por meio de uma ligação telefônica.
O primeiro contato pessoal entre o cidadão de Israel e o suposto agente do Irã aconteceu em maio de 2024. Nessa reunião, o israelense foi apresentado a um suposto agente iraniano, chamado Haja.
Durante o encontro, Eddy teria convidado o israelense a realizar missões para o regime iraniano dentro do território de Israel, como a transferência de dinheiro e armas, além de identificar e fotografar potenciais locais para ataques em massa.
Segundo autoridades, o homem viajou para o Irã pela segunda vez em agosto deste ano, escondido na cabine de um caminhão.
Durante o novo encontro com Eddy, o cidadão de Israel foi apresentado a outros agentes do Irã, e recebeu uma proposta para assassinar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Além do premiê israelense, iranianos teriam apontado o nome de outras autoridades de Israel que deveriam ser mortas, como o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Shin Bet, Ronen Bar.
“Os funcionários dos serviços secretos iranianos também pediram que se analisasse a possibilidade de assassinar outras figuras importantes, como o antigo primeiro-ministro, Naftali Bennet, como vingança pelo assassinato de Ismail Haniyeh em solo iraniano”, disse um trecho do comunicado da Polícia de Israel em conjunto com o Shin Bet.
O israelense teria cobrado um adiantamento de US$ 1 milhão para realizar as missões a mando do governo do Irã. Os agentes iranianos, no entanto, teriam se recusado a pagar a quantia.
Segundo autoridades israelenses, apesar de não ter concluído nenhum dos planos sugeridos pelos agentes do Irã, o homem chegou a receber 5 mil euros (cerca de R$ 27 mil) por participar das reuniões.
A identidade do israelense não foi revelada pelas autoridades.
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