Nesta segunda-feira (15), o governo enviou ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem. O projeto prevê que o salário mínimo de R$ 1.502. Governo envia ao Congresso Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025
O governo enviou nesta segunda-feira (15) ao Congresso Nacional o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.
O projeto de lei com os pontos principais do cenário econômico para 2025 é a primeira etapa para a construção do Orçamento do ano que vem. O projeto prevê que o salário mínimo vai subir 6,37%, passando de R$ 1.412 para R$ 1.502. Pela lei aprovada em 2023 no Congresso, o aumento deve considerar a variação da inflação e o crescimento da economia. O valor ainda é uma estimativa e pode passar por mudanças, caso a inflação acumulada até novembro seja diferente da previsão do governo.
O projeto também prevê que as emendas parlamentares – chamadas de impositivas, ou seja, de pagamento obrigatório pelo governo – vão chegar a quase R$ 40 bilhões no próximo ano.
A equipe econômica também anunciou uma mudança na expectativa para as contas do governo em 2025. A projeção inicial era de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto – o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país num determinado período. Agora, o governo reconheceu que não vai mais conseguir alcançar esse resultado e mudou a projeção para um déficit zero – a mesma meta já estabelecida para 2024. Isso significa que as receitas vão ser iguais às despesas, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.
A nova regra fiscal aprovada no Congresso estabelece que esse resultado pode variar dentro de um intervalo sem que a meta seja descumprida – uma banda de 0,25% do PIB para mais ou para menos.
Agora, o superavit das contas só é esperado para o último ano do governo Lula. Para 2026, a previsão de superávit caiu de 1% do PIB para 0,25% do PIB. E, para 2027, a previsão é de um superavit de 0,5%do PIB.
Na avaliação de economistas, o governo federal vai deixando para depois o prometido ajuste das contas públicas – um passo essencial para queda de juros, aquecimento da economia, com geração de empregos.
“A gente tem uma trajetória de dívida que é ainda crescente e que a gente precisa de estabilizar a dívida para depois fazer com que ela comece a cair. Então, quando a gente revisa a meta para baixo, na verdade a gente fica mais longe desse caminho de queda relação dívida-PIB”, avalia Guilherme Tinoco, pesquisador associado do FGV Ibre.
“O governo ele precisa tomar uma decisão que é fazer um escrutínio, passar um pente fino nos gastos públicos. Não é de hoje que o Brasil gasta muito e gasta mal. Na verdade, nós não vamos resolver esse problema do dia para noite, mas o governo pode, por meio de maior transparência e do uso dos instrumentos de que ele dispõe, tanto o Ministério da Fazenda, quanto o Ministério do Planejamento, melhorar a sua atividade de gestão, de monitoramento e avaliação dos gastos públicos”, comenta Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.
Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo continua buscando um saldo positivo nas contas.
“Nós vamos ter que continuar trabalhando com o Congresso Nacional em busca dessas fontes, tanto de menor despesa, quanto de recompor, que eu sempre falei recomposição da receita. O Brasil está conseguindo gerar emprego, foram 306 mil postos de trabalho em fevereiro, foram quase 200 mil postos de trabalho em janeiro – 180 mil, o dobro do ano passado. Sem que a inflação tivesse mostrando as suas garras. Porque se nós crescermos com inflação dentro da meta, a questão do equilíbrio da dívida pública fica sendo uma tarefa mais simples e tudo o que a gente quer é que essa estabilidade venha o quanto antes”, diz Haddad.
O secretário executivo do Ministério do Planejamento disse que a mudança na meta traz credibilidade.
“Esse ajuste para os próximos anos traz, na verdade, um pouco da realidade do que a gente tem pela frente. Mas a gente acredita que vai trazer ainda mais credibilidade, que essas metas são atingíveis”, afirma Gustavo Guimarães.
LEIA TAMBÉM
Haddad confirma meta de déficit zero e que salário mínimo deve ser de R$ 1.502 em 2025
Contas públicas: como analistas encararam a perspectiva de mudança da meta fiscal em 2025
Em busca de R$ 300 bi adicionais para atingir metas fiscais em 2025 e 2026, equipe econômica já admite rever objetivos
O ministro Nunes Marques deferiu o registro de candidatura de Marcones Melo de Souza Santos,…
Relatório da Cetesb foi atualizado nesta quinta-feira (26). São Sebastião lidera a lista. Praia da…
Veja tudo sobre os jogos mais esperados para 2025 que terá GTA 6, Death Stranding…
As lojas digitais estão repletas de descontos chamativos em nomes como God of War Ragnarok,…
Filmes como Meninas Malvadas e O Diário da Princesa fizeram parte da adolescência de muita…
A Substância e Longlegs: Vínculo Mortal estão entre os lançamentos do ano que prometem causar…