O delegado Kleyton Manoel Dias, investigado por suspeita de ter estuprado uma miss trans, foi afastado das funções. Segundo a Polícia Civil de Goiás, a partir de segunda-feira (8/1), ele passará a atuar em uma unidade administrativa. Em nota divulgada à imprensa, o acusado pela miss se disse “muito abalado” e prometeu provar inocência.
De acordo com reportagem da TV Anhanguera, o suposto crime teria ocorrido quando o suspeito ofereceu uma carona para a vítima e uma amiga, após saírem de uma festa em Goiânia (GO). Neste sábado (6/1), a Justiça concedeu à jovem uma medida protetiva para a miss contra o suspeito da agressão.
A modelo que acusa o delegado de estupro publicou um texto sobre o ocorrido nas redes sociais, no qual ela relata ter vivenciado momentos de humilhação, medo e vergonha.
“Eu tive medo e vergonha de contar para alguém por horas, de ser taxada como mentirosa. Eu não queria que as pessoas me vissem como vítima, foi muito humilhante para mim. Por um momento, eu achava que estava louca”, afirmou a jovem em seu perfil no Instagram.
No documento em que a miss conseguiu a medida protetiva, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou que o delegado acusado:
permaneça a uma distância mínima de 300 metros da miss e de seus familiares, sem qualquer tentativa de aproximação;
não entre em contato com a miss ou seus familiares por qualquer meio de comunicação (telefone, WhatsApp, e-mail e outros);
não frequente os mesmos locais que a miss;
Relembre o caso
De acordo com o relato da vítima, na madrugada de sexta-feira (5/1), o delegado ofereceu carona a ela e a outra mulher. Quando a miss ficou sozinha com o policial, ele a teria levado até o porta-malas do carro, onde abusou dela sexualmente.
Imagens a que a TV Anhanguera teve acesso mostram o delegado deixando a mulher, completamente nua, em casa. Um amigo da vítima disse que ela chegou dopada e bastante ferida à residência. O Samu foi acionado, e a vítima, levada para um hospital.