Mauro Gomes de Freitas Neto, de 20 anos, segue internado em estado grave no Pronto-Socorro de Rio Branco. Médicos pediram que família iniciasse uma campanha de doação de sangue por conta da lesão que ele sofreu no fêmur. Mauro Neto precisa de bolsas de sangue por conta da lesão que sofreu no fêmur
Arquivo pessoal
O DJ Mauro Gomes de Freitas Neto, de 20 anos, segue internado em estado grave no Pronto-Socorro de Rio Branco após ser atropelado por uma adolescente, de 16 anos, que dirigia um carro sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A pedido dos médicos, a família iniciou uma campanha de doação de sangue para o DJ no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre).
Podem doar qualquer tipo sanguíneo na unidade de saúde. “Foi solicitado sangue porque a hemoglobina dele tá baixa, devido a fratura no fêmur”, explicou um parente que não quis se identificar.
Neto e o motociclista de aplicativo Felipe Moreira da Silva, de 24 anos, foram atropelados por uma adolescente de 16 anos, que estava com sinais de embriaguez. Um vídeo de câmeras de segurança mostrou o momento da colisão (veja vídeo abaixo). O carro invadiu a contramão e bateu de frente na moto que os jovens estavam na Estrada Dias Martins.
A informação é que a menina pegou o carro dos pais escondido e causou o grave acidente. À polícia, ela informou que tinha deixado uma amiga em casa, no Conjunto Mariana, e acabou entrando na contramão, no sentido bairro-centro, quando bateu de frente com a motocicleta.
Mauro Neto foi o que ficou em estado mais grave. Ele sofreu um traumatismo craniano, afundamento de crânio, fratura na bacia e no fêmur da perna esquerda e está na UTI do PS. Já Felipe Moreira da Silva teve a perna esquerda dilacerada, forte pancada na cabeça e hematoma no olho esquerdo.
A reportagem não conseguiu contato com a família dele.
Conforme relatório policial, a adolescente que conduzia o carro não quis fazer o teste de bafômetro, mas foi constatado que ela estava sob efeito de álcool, pois apresentava olhos vermelhos, sonolência, odor de álcool no hálito e andava cambaleando. Ela e o veículo foram levados à Delegacia de Flagrantes para os devidos procedimentos e depois liberada com a presença do pai.
Acidente ocorreu nessa sexta-feira (8) na Estrada Dias Martins, em Rio Branco
Ainda segundo o familiar, os médicos tentaram fazer uma tomografia no DJ no domingo (10), mas não conseguiram porque os batimentos do paciente começaram a cair. Já nessa segunda, foi possível fazer o exame e ele segue estável.
“A lesão do fêmur dele foi muito grave e, como não cicatriza rápido, dar um choque, que não sei dizer o nome, e acaba vazando muito sangue. Por isso, ele precisou de cinco a seis bolsas de sangue quando chegou no hospital e agora pediram novamente”, contou.
A equipe do hospital avisou também para a família que vai começar a reduzir a sedação. “É para ver como está a função neurológica dele, se consegue abrir os olhos, mexer os braços”, concluiu.
Sem identificação
O DJ foi levado para o PS sem identificação. A família ficou sem notícias do paradeiro dele por cerca de 12 horas. Foi somente após uma enfermeira conseguir pegar o contato do pai dele pelo celular que estava com o jovem que a família recebeu a informação de que ele estava na UTI da unidade.
A tia dele, Katiane Miranda, contou que o jovem trabalha como DJ e voltava de um trabalho para casa quando sofreu o acidente. Ela disse que o estado de saúde dele é gravíssimo e que agora estão em orações por sua recuperação.
Acidente ocorreu nessa sexta-feira (8) na Estrada Dias Martins, em Rio Branco
Reprodução
“A gente só soube depois de 12h, porque ele chegou lá sem identificação. A documentação dele foi achada à noite na delegacia, quando minha irmã foi registrar o boletim de ocorrência. A família da moça sumiu, uma enfermeira pegou o celular dele, viu o nome do pai dele e ligou. Quando soubemos, fomos todos para lá. Ele está em estado muito grave, teve traumatismo, o fêmur está muito afetado. Tem que repor três litros de sangue. Agora é orar, vamos ter fé”, afirmou a tia.
A mulher do motociclista Silva, Géssila Silva, disse que ele trabalhava com moto de aplicativo e estava fazendo uma corrida quando se acidentou. “O trabalho dele era esse, a gente mora de aluguel e só ele trabalha. Ele está no hospital, na enfermaria. Ela estava na contramão, tem 16 anos. O pai dela foi no hospital visitar meu marido e disse que ela pegou o carro escondido deles e aconteceu isso, que soube quando ela ligou avisando que tinha batido o carro.
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