A ligação entre São José do Norte e Rio Grande é feita pela água, pela Lagoa dos Patos. O serviço de balsas está interrompido. Por isso, já faltam muitos produtos na cidade – principalmente alimentos. Extremo sul gaúcho enfrenta problemas com o desabastecimento
Jornal Nacional/Reprodução
O extremo sul gaúcho está enfrentando problemas com o desabastecimento.
Há dez dias, São José do Norte está debaixo d’água.
“Dentro de casa, perdi quase tudo: guarda-roupa, meu balcão-pia, meu muro caiu todinho”, conta a pescadora Graça Soares.
“Aqui é uma garagem coletiva onde são guardados carros e motos e, como vocês podem ver, a água já chegou a atingir 1,2 m e está em torno de uma semana que não baixa”, diz o empresário Cacá Soares.
A cidade, que fica em uma península, é o ponto final da BR-101, que liga o Sul Brasil ao Nordeste. Por lá, passam caminhões que levam produtos para abastecer o extremo sul do país. Eles formam uma fila de mais de 3 km à espera de um transporte feito por embarcações de grande porte que não está funcionando com regularidade.
A ligação entre São José do Norte e Rio Grande é feita pela água, pela Lagoa dos Patos. Balsas levam carros e caminhões para o outro lado da lagoa. Está interrompido o serviço. Por isso, já faltam muitos produtos na cidade, principalmente alimentos.
“Remédios. Depois, os postos de gasolina têm dificuldade de pegar combustível e trazer para nós, e aí começa a faltar muita coisa”, afirma Daniel Fernandes Botencourt, secretário de escola.
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Os ventos fortes vindos do oceano formam ondas sobre as águas, elevando a maré. Esses fatores dificultam a saída da água, que enche a lagoa. São José do Norte e Rio Grande são as últimas cidades da Lagoa dos Patos. E é para lá que corre toda água que enche a lagoa, inclusive a do Guaíba.
Barra do Rio Grande: o exato ponto onde a Lagoa do Patos se encontra com o Oceano Atlântico. Toda água da lagoa passa por um canal, que fica entre os molhes de contenção. No encontro da lagoa com o mar, a maré é muito intensa.
Só depois que toda a água for para o oceano, a vida da agricultora Sabrina Souza, que mora São José do Norte, vai poder voltar a fazer planos.
“A gente construiu isso aqui com tanto amor, com tanto carinho, e aí na natureza vem e devasta, de certa forma. Dói, mas é a natureza, a gente não tem o que fazer. Vai passar os anos e a gente vai conseguir, se Deus quiser, de novo”, diz.
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