São Paulo — Cerca de 60 estudantes fizeram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (19/8), em frente ao Colégio Bandeirantes, escola de elite localizada na zona sul de São Paulo. O ato foi protesto após a morte de um adolescente de 14 anos, aluno do 9° ano da instituição.
Os manifestantes levavam cartazes com frases como “Ele só queria dançar” e “A minha sexualidade não define meu valor”.
Segundo a CNN, o protesto foi organizado por estudantes pagantes e bolsistas de diversas escolas particulares de São Paulo. Ainda de acordo com a emissora, não havia estudantes matriculados no Colégio Bandeirantes no movimento.
Procurada pelo Metrópoles para comentar o protesto desta segunda-feira, a assessoria de imprensa disse que o colégio entende que toda manifestação é válida e respeita o direito das pessoas de se expressarem, reconhecendo a importância do diálogo aberto e da livre expressão. A nota ainda diz que “estamos profundamente abalados com o falecimento do nosso aluno”.
O adolescente tirou a própria vida na última terça-feira (13/8). A família da vítima diz que ele era vítima de bullying por ser gay, negro e de origem humilde.
Na ocasião, em um texto publicado nas redes sociais, o tio do jovem afirmou que a instituição estava se isentando de “qualquer responsabilidade” e que a situação vivida pelo adolescente escancarava o “descaso” do colégio.
Em um áudio atribuído ao adolescente, obtido pela reportagem, ele afirma que sofria ataques verbais de outros alunos.
Em nota enviada ao Metrópoles após a morte do aluno, o Colégio Bandeirantes disse que “toda a comunidade escolar está profundamente abalada com essa perda irreparável”. A instituição afirma ter oferecido “apoio e solidariedade” à família e aos amigos do adolescente.
O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos ou tentativas de suicídio que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social, porque esse é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para o ato não ser estimulado.
O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem. Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode ajudar você. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.
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