O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, de 44 anos, conhecido como Zinho, se entregou à polícia no último domingo (24/12) depois de mais de cinco anos foragido. Ele era o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro e considerado um dos principais chefes de milícia no estado.
A prisão de Zinho aconteceu menos de uma semana após a Operação Batismo, da Polícia Federal (PF), que apreendeu documentos e telefones na casa da deputada estadual Lucinha (PSD), suspeita de ser braço político da milícia.
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Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho
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Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro descobriram que milícia liderada pelo criminoso extorquia empresários da construção civil
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Miliciano Zinho se entregou para a Polícia Federal
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Polícia Civil captura Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro
Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro
Material cedido ao Metrópoles
Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como Faustão
Conhecido como Faustão e Teteu, Matheus da Silva Rezende é sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga (Zinho)
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Segundo declaração do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para a TV Globo, Zinho se entregou à polícia porque estava com medo de ser morto fora da prisão.
Não é para menos, dois irmãos e um sobrinho de Zinho foram assassinados nos últimos anos, o mais recente há poucos meses.
Além disso, o cerco das forças de segurança em volta do miliciano estava se fechando, principalmente depois da operação que mirou a deputada Lucinha.
A defesa de Zinho negociou diretamente com a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a rendição do cliente. Ele se apresentou em uma superintendência da PF e está em uma ala de milicianos do presídio conhecido como Bangu 1.
Mortes na família e guerra interna na milícia
Zinho é irmão e “herdeiro” de Wellington da Silva Braga, o Ecko, que era considerado então o maior miliciano do Rio e foi assassinado em junho de 2021. O homem lidera a milícia conhecida como Bonde do Zinho, antigo Bonde do Ecko, com atuação na Zona Oeste do Rio.
A morte de Ecko gerou uma verdadeira guerra interna entre milicianos da região.
Sobrinho de Zinho, o miliciano Mateus da Silva Rezende, também conhecido como Faustão e Teteu, morreu em uma ação da Polícia Civil do Rio em 23 de outubro, no mesmo mês em que três médicos foram executados em um quiosque da Barra da Tijuca, depois que um deles foi confundido com um miliciano (o Taillon, com atuação também na Zona Oeste, na Milícia de Rio das Pedras).
A morte de Faustão levou a uma série de ataques no Rio, que provocaram o caos, em especial na Zona Oeste. As ações criminosas deixaram ao menos 35 ônibus incendiados.
Outro irmão de Zinho, o miliciano Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, foi morto em uma ação policial em abril de 2017.
Zinho era considerado o miliciano mais procurado no Rio de Janeiro, com 12 mandados de prisão em aberto desde 2018. Ele se entregou para policiais da Delegacia de Repressão a Droga (DRE-PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gise/PF).