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Empresas afetadas pela inundação no RS buscam caminhos para se reerguer sem demitir

Segundo o governo do estado, mais de 100 mil empresas do Rio Grande do Sul foram afetadas pela tragédia. Empresas afetadas pela inundação no RS buscam caminhos para se reerguer sem demitir
Jornal Nacional/ Reprodução
Empresas afetadas pela inundação no Rio Grande do Sul estão buscando caminhos para se reerguer sem demitir ninguém.
A distribuidora de descartáveis ainda está sem internet, sem todos os funcionários e sem estoque. Mas como também vendia produtos de limpeza, apostou nisso: montou kits com detergente, pano e desinfetante.
“Por ter ficado 30 dias sem faturar, a gente precisou fazer um movimento que ficou muito bom para todos. A gente conseguiu fazer um preço, com a ajuda dos nossos fornecedores. E isso está nos mantendo vivos e pagando funcionários. Tenho funcionários que estão limpando suas casas ainda. A gente está trabalhando em um modo guerra, que eu chamo”, diz o empresário Juliano Zanata.
Segundo o governo do estado, mais de 100 mil empresas do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas enchentes.
Um estudo feito por professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos prevê que, em 2024, o PIB gaúcho seja zero. Antes, a estimativa era de um crescimento entre 4% e 4,5%. Cidades como Eldorado do Sul, Canoas e São Leopoldo devem ter quedas significativas na economia. Em Porto Alegre, a estimativa é de 5%.
No depósito de uma loja de material de construção em Canoas, o nível da água chegou a 3 m durante a enchente. Agora que secou, eles estão separando todos os produtos, mas já chegaram à conclusão de que praticamente tudo foi perdido. Em uma parte está tudo o que não foi afetado. É com esse material que eles vão fazer a retomada. O dono estima um prejuízo de mais de R$ 20 milhões e diz que a intenção é recomeçar sem demitir nenhum dos 100 funcionários.
“Eu preciso montar um caixa para retomar. E, bem ou mal, nós temos que fazer dinheiro. Sem dinheiro, não consigo comprar. A gente tem garra, a gente vai tocar com toda força. Trabalhar é o mais fácil para nós”, afirma o empresário Wilson Fachi.
Quem vai ter que comprar quase a casa toda, também está junto nessa.
“A gente optou por vir comprar aqui até para o comércio do local começar a gerar também, para a gente se ajudar e começar todo mundo a voltar à vida normal de novo”, diz Alessandra Rodrigues, assistente operacional.

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