São Paulo – O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, trocou de advogados de defesa logo após se tornar réu pela morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, após o carro da vítima ser atingido pelo Porsche do empresário quando trafegava pela Avenida Salim Frah Maluf, zona leste de São Paulo, em 31 de março.
Agora ele é representado por Elizeu Neto e Jonas Marzagão, que se unem ao advogado João Victor Maciel Gonçalves, que defende o empresário desde o dia em que ele se apresentou à Polícia Civil. Na ocasião, ele fazia parceria com a advogada Carine Acardo Garcia. Ao Metrópoles, ela afirmou, nesta quinta-feira (2/5), “não ter nada para comentar” sobre a substituição.
“Tendo finalizado o o inquérito [policial] deixamos o caso e o novo escritório assumiu. Apenas isso”, afirmou Carine, por meio de mensagem de texto.
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Motorista chegou à delegacia na tarde desta segunda (1º/4)
Reprodução
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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Felipe Resk/Metrópoles
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Acompanhado da mãe, o motorista se apresentou à delegacia
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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Acidente Porsche zona leste SP
Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída
Divulgação/Polícia Civil
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Porsche em alta velocidade provocou morte de uma pessoa em acidente no Tatuapé
Divulgação/Polícia Civil
Acidente Porsche zona leste SP
Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade
Divulgação/Polícia Civil
Acidente Porsche zona leste SP
Carro da vítima teve a traseira destruída
Divulgação/Polícia Civil
Acidente Porsche zona leste SP
Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar
Divulgação/Polícia Civil
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou, na terça-feira (30/4), o pedido de prisão preventiva contra o empresário. Foi a terceira solicitação de prisão feita pela Polícia Civil negada pela Justiça.
No dia anterior, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Fernando Filho pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima e se manifestou de forma favorável à decretação de prisão preventiva.
Apesar de ter negado o pedido de prisão, o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, tornou o empresário réu pelos crimes que ele foi denunciado pelo MPSP.
Outros dois pedidos de prisão contra o motorista do Porsche já tinham sido negados anteriormente, mas a Justiça impôs fiança de R$ 500 mil, suspendeu sua CNH e o proibiu de se aproximar de testemunhas do caso.
Ele e a mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, de 45 anos, que tirou o empresário do local do acidente, também tiveram que entregar seus celulares à polícia.
No dia do acidente, câmeras de monitoramento flagraram Fernando Filho dirigindo o Porsche, avaliado em mais de R$ 1 milhão, em altíssima velocidade (veja abaixo) quando bateu na traseira do Renault Sandero do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na Avenida Salim Farah Maluf, região do Tatuapé. Ornaldo foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Laudo do Instituto de Criminalística apontou que a velocidade média do Porsche era de 156 km/h. Quando se apresentou à polícia, contudo, mais de 36 horas após o acidente, o empresário disse que estava “um pouco acima da velocidade máxima permitida”, que é de 50 km/h.
Além do motorista de aplicativo que morreu, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos, que estava de carona no Porsche, sofreu ferimentos graves e precisou passar por cirurgia. À polícia, ele disse que Fernando Filho havia ingerido bebida alcóolica antes, contrariando o depoimento do dono do Porsche.
De acordo com a denúncia da promotora Monique Ratton , o empresário ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir o Porsche. A namorada dele e um casal de amigos tentaram demovê-lo da intenção de dirigir, mas Fernando Filho, ainda assim, optou por assumir o risco.
Além disso, segundo a promotora, Fernando Filho descumpriu ordem judicial e combinou o depoimento que seria dado pela sua namorada — ao ser ouvida pela polícia, ela negou que o empresário tivesse bebido.
Para o MPSP, as informações prestadas por Giovana “restaram efetivamente contaminadas” e a versão da namorada sobre os fatos seria “totalmente forçosa e tendenciosa” – “indicando-se que houve contato entre elas e/ou ao menos com os advogados”.
A análise das imagens das câmeras corporais dos PMs que atenderam a ocorrência mostra o momento em que Fernando Filho é liberado do local do acidente junto com a mãe, sob a justificativa de que iria procurar atendimento médico.
Na denúncia, a promotora assinala que a liberação foi feita “indevidamente” e sugere que a Justiça Militar investigue possível caso de corrupção passiva da policial envolvida.
De acordo com Monique, a policial teria “cedido a pedido” da mãe de Fernando e “liberado o responsável [pelo acidente] em estado de flagrância”, para que ele fosse ao hospital, “sem escolta ou vigilância”.
As imagens também mostram que os policiais estavam sem bafômetro — o uso do equipamento, porém, não seria o único recurso para constatar a suposta embriaguez do empresário. Nesse ponto, segundo declarou até o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a equipe falhou.
A conduta dos PMs que liberaram a saída de Fernando é investigada pela corporação. A Polícia Civil também investiga a situação, a pedido da Justiça.
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