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Em missão inédita, sonda chinesa decola do lado oculto da Lua com amostras de solo

Chang’e-6 conta com braço robótico que conseguiu coletar material lunar. Amostras podem fornecer pistas sobre como a Lua se formou. Sonda chinesa coleta amostras do lado oculto da Lua
A sonda chinesa Chang’e-6 decolou com sucesso da Lua carregando amostras coletadas no lado oculto do satélite terrestre, segundo informações da imprensa local. A operação foi feita nesta terça-feira (4).
A sonda Chang’e-6 alunissou no domingo (2) na imensa bacia de Aitken, uma das maiores crateras de impacto conhecidas no sistema solar. A região fica no lado oculto da Lua, segundo a Administração Espacial Nacional da China.
A nave, que iniciou em 3 de maio uma complexa missão de 53 dias, conta com um braço robótico para coletar material da superfície e um perfurador para colher amostras do interior.
Uma vez coletado o material, “uma bandeira nacional chinesa carregada pelo módulo de alunissagem foi hasteada pela primeira vez no lado oculto da Lua”, disse a agência de notícias estatal Xinhua.
Os cientistas consideram que esta parte da Lua, nunca visível da Terra, possui um grande potencial para a pesquisa. As crateras da região oculta da Lua não estão tão cobertas por antigos fluxos de lava como as do lado mais próximo ao planeta.
O material coletado pela sonda chinesa também pode fornecer pistas sobre como a Lua se formou.
Ambição espacial
Bandeira da China hasteada na Lua, em foto divulgada em 4 de junho de 2024
CNSA via Xinhua
A China já havia colocado em 2019 uma nave espacial na face oculta da Lua, mas não recolheu nenhuma amostra.
Sob o comando do presidente Xi Jinping, o país tem dedicado um esforço considerável para realizar seu “sonho espacial”.
Pequim investiu pesadamente em seu programa espacial na última década, visando uma série de iniciativas ambiciosas voltadas a reduzir a defasagem em relação às duas potências espaciais tradicionais, Estados Unidos e Rússia.
O país asiático vem obtendo vários feitos notáveis, incluindo a construção da estação espacial Tiangong, ou “Palácio Celestial”.
A China também enviou sondas robóticas para Marte, e se tornou o terceiro país no mundo a colocar humanos em órbita.
Para os EUA, porém, o programa espacial chinês vem sendo utilizado para ocultar objetivos militares e um esforço para alcançar o domínio do espaço.
“Acreditamos que muito de seu denominado programa espacial civil é um programa militar”, afirmou em abril o administrador da Nasa, Bill Nelson, a legisladores americanos no Capitólio.
A China pretende enviar uma missão tripulada à Lua em 2030 e planeja também construir uma base na superfície do satélite natural.
Os EUA também planejam voltar a enviar astronautas à Lua por volta do ano de 2026, com sua missão Artemis 3.
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