O Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal encerrou as buscas pelos dois detentos que escaparam do presídio de segurança máxima em Mossoró. A coluna apurou que a unidade de elite da PF deixou o Rio Grande do Norte no último sábado (30/3), após um mês e meio de mobilização.
Na equipe que participou das buscas, havia policiais com treinamento específico para atuar na Caatinga, bioma da região. Dezoito homens do COT estavam em Mossoró desde 16/2, dois dias após a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, integrantes do Comando Vermelho (CV).
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Unidade de elite da PF, COT iniciou buscas em Mossoró em 16/2
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PF usou drones termais nas buscas por fugitivos de Mossoró
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Mossoró caverna
Mossoró abriga parte das mais de 200 cavernas do Parque Nacional de Furna Feia
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fugitivos da Penitenciária Federal em Mossoró, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça
Forças de segurança divulgam imagens dos foragidos para tentar obter pistas
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Mossoró caverna
Caverna de Furna Feia, na região onde estão os foragidos da Penitenciária de Mossoró, tem mais de 700 metros mapeados
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PF usa drones
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Mossoró caverna
A Caverna das Cortinas, na região de Mossoró (RN), faz parte do Parque Nacional de Furna Feia
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Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça fugiram da prisão em Mossoró
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Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos do presídio federal de Mossoró
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)
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O grupo já regressou a Brasília, onde fica a base do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal. Acionada em casos extremos, a unidade de elite é responsável por intervenções complexas que exijam preparo além do convencional das forças policiais.
Integrantes da PF que participaram das buscas relataram à coluna que a grande quantidade de cavernas da região e a vasta oferta de alimentos naturais, como frutas, dificultam a captura dos fugitivos. Desde 1987, quando o COT foi fundado, nenhum policial do comando foi morto em serviço.
A Força Nacional também deixou as buscas em Mossoró, em alinhamento com o novo planejamento traçado pelo Ministério da Justiça para capturar os fugitivos. Apenas em diárias, o MJ pagou R$ 1,3 milhão aos agentes da Força Nacional pelo período das buscas.
Inteligência
Integrantes da cúpula do Ministério da Justiça disseram à coluna acreditar que a captura de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça passará, sobretudo, pelo trabalho de inteligência da PF, mais do que pelas buscas físicas que ainda são realizadas por autoridades locais.
A avaliação é que, desgastados, os fugitivos terão de se reconectar com a civilização em algum momento. E, dessa forma, permitirão o rastreio. A prisão dos fugitivos é uma das prioridades da pasta.