Com déficit de 4.891 policiais, 1,5 mil aguardam nomeação na PCDF

A segurança do Distrito Federal tem, atualmente, um déficit de 4.891 policiais civis. Em contrapartida, há 1.550 aprovados no último concurso público da corporação, que teve início em 2019, aguardando por nomeação. Todos passaram pelo curso de formação no ano passado e esperam a decisão do governo local para assumir as carreiras de agentes e escrivães da PCDF.

Atualmente, o déficit é de  3.415 agentes e 627 escrivães, conforme dados do Portal da Transparência. As demais são agentes de custódia, papiloscopistas, peritos médicos legistas e período criminal.

A previsão é que 800 aprovados sejam chamados em 1º novembro, o que resultaria em 750 pessoas aguardando a nomeação.

A falta de efetivo impacta diretamente no serviço prestado à população. Nessa segunda-feira (9/9), um motorista de aplicativo foi sequestrado e mantido refém por duas horas pelos bandidos. Sob ameaças, ele foi a um caixa eletrônico para sacar dinheiro e entregar aos meliantes. O homem foi solto em seguida.

Após ser liberado, o motorista foi a uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. Na DP, a vítima pediu que algum policial o acompanhasse até o local onde o dinheiro foi sacado, para verificar a existência de câmeras de segurança na área. Porém, recebeu a resposta de que não havia investigadores “disponíveis” e que “nada poderia ser feito”.

 

Apesar da expectativa, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Enoque Venâncio de Freitas, acredita que essa não é única medida para resolver a situação. “É preciso que a valorização da nossa carreira seja restabelecida”, destacou.

“Vivemos um cenário preocupante em que profissionais altamente capacitados, com anos de experiência e dedicação à segurança pública, têm deixado a PCDF em busca de oportunidades mais atrativas em outras áreas do serviço público”, completou.

O Metrópoles procurou a Secretaria de Segurança Pública do DF, que informou ser de competência da PCDF as respostas. Até o momento, a PCDF não se manifestou. A reportagem aguarda informações.